Presidente do Fed de Chicago diz que pode ser necessário diminuir ritmo de cortes de juros
![]()
Por Ann Saphir
(Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, reiterou nesta quinta-feira seu apoio a novos cortes na taxa de juros e sua abertura para fazê-los de forma mais lenta, comentários que evidenciam que o debate no banco central dos Estados Unidos não é sobre se os juros devem ser reduzidos, mas sim com que rapidez isso deve acontecer e qual deve ser a taxa terminal.
Alguns formuladores de política monetária do Fed temem que o progresso na redução da inflação possa ter estagnado e pedem uma abordagem cautelosa, enquanto outros querem garantir que o mercado de trabalho não esfrie ainda mais, sugerindo a necessidade de cortes contínuos nos juros.
E sobre todas essas diferenças paira a incerteza de como as possíveis tarifas e cortes de impostos e a repressão à imigração prometidos pelo presidente eleito Donald Trump afetarão os preços, os empregos e a economia de forma mais ampla.
Formuladores de política monetária do Fed se reunirão nos dias 17 e 18 de dezembro para resolver suas diferenças, pelo menos temporariamente, em torno da decisão de cortar novamente a taxa básica ou esperar até o próximo ano. Os mercados financeiros julgam que será uma decisão apertada, com os futuros de juros colocando uma probabilidade de cerca de 55% em um corte de 0,25 ponto percentual e uma chance de 45% de não haver corte.
O Fed reduziu sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual em setembro e em 0,25 ponto percentual em sua reunião neste mês.
O presidente do Fed de Chicago, em comentários à Central Indiana Corporate Partnership, não disse se era a favor de outro corte nas taxas no mês que vem, mas defendeu uma visão de longo prazo que parece ser compartilhada pela maioria dos formuladores de políticas do Fed: que as taxas ainda não estão onde precisam estar.
Ele disse que a inflação no último ano e meio caiu e está a caminho da meta de 2% do Fed, que os mercados de trabalho enfraqueceram e que a economia está agora próxima do pleno emprego estável.
Consequentemente, os juros devem estar, daqui a um ano, "um pouco mais baixos do que estão hoje", disse ele. A taxa básica do Fed está atualmente na faixa de 4,50% a 4,75%.
Dada a incerteza e a discordância sobre o quanto os juros devem ser reduzidos, Goolsbee disse que "pode fazer sentido diminuir o ritmo dos cortes na taxa básica à medida que chegamos perto".
0 comentário
Índice europeu tem pouca variação em início de semana mais curta por feriado
Arrecadação federal soma R$226,8 bi em novembro, interrompe desaceleração e bate recorde no mês
ANP autoriza início da produção na P-78 no campo de Búzios
Wall Street sobe com recuperação do setor de tecnologia
Economia da China cresceu abaixo de 3% em 2025, metade da meta oficial, diz Rhodium Group
Brasil teve 2025 marcado pelo choque de juros, atenção às contas públicas e apoio fundamental do agro