Ibovespa fecha em alta com ajuda de Vale e Itaú sob holofote
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, com Vale entre os principais suportes acompanhando o avanço dos futuros do minério de ferro na China, enquanto Itaú Unibanco também ocupou as atenções, com o CEO afirmando que o banco está se preparando para qualquer cenário após resultado sólido em 2024.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,55%, a 126.224,74 pontos, tendo marcado 126.398,77 pontos na máxima e 125.249,04 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 19,1 bilhões de reais.
Na visão do gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, a bolsa teve um dia positivo na esteira dos primeiros balanços corporativos do final de 2024. Ele citou como exemplo o resultado do Itaú, que, acrescentou, apesar de em linha com as expectativas, trouxe uma perspectiva mais positiva para o ano.
Em Nova York, o S&P 500 termincou com acréscimo de 0,36%, corroborando o sinal positivo na bolsa paulista, antes de dados bastante monitorados sobre o mercado de trabalho norte-americano, previstos para sexta-feira.
DESTAQUES
- VALE ON avançou 1,51%, endossada pela alta dos futuros de minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com acréscimo de 1,43%, a 817,5 iuanes (US$ 112,22) a tonelada. No setor, CSN MINERAÇÃO ON subiu 4%.
- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 0,18%, após reportar na véspera resultado trimestral considerado sólido por analistas e anunciar R$ 18 bilhões em remuneração adicional a acionistas. Analistas, porém, consideraram as previsões do banco para o ano conservadoras. O presidente do Itaú, contudo, afirmou que o banco está bastante confortável com as projeções e, se o cenário mudar para melhor, tem uma capacidade muito grande de acelerar e reagir. O Itaú "está muito preparado para enfrentar qualquer tipo de cenário", enfatizou
- BRADESCO PN valorizou-se 1,38%, tendo no radar o balanço na sexta-feira, antes da abertura da bolsa. Projeções compiladas pela LSEG aponta lucro líquido de R$ 5,33 bilhões no quarto trimestre. Ainda no setor, SANTANDER BRASIL UNIT terminou com variação negativa de 0,3%, após desempenho robusto na véspera com a repercussão positiva ao lucro acima do esperado no quarto trimestre. BANCO DO BRASIL ON, que reporta resultado no dia 19, subiu 1,15%.
- EMBRAER ON <EMBR3.SA> caiu 2,82%, em sessão de realização de lucros, mesmo com a avaliação positiva de analistas sobre a carteira de pedidos da fabricante de aviões no quarto trimestre, que somou recorde histórico com US$26,3 bilhões. Os papéis haviam disparado 15,5% na véspera, marcando uma máxima histórica de fechamento em R$ 66,37, embalados pela notícia de que a Embraer recebeu a maior encomenda de jatos executivos da sua história, avaliado em até US$ 7 bilhões.
- BRASKEM PNA recuou 1,04% após a petroquímica divulgar prévia operacional na véspera, com analistas do Safra avaliando que a companhia apresentou resultados mais fracos no quarto trimestre em todos os setores devido a uma combinação de spreads e embarques menores. As vendas de resinas no Brasil somaram 810 mil toneladas no quarto trimestre, alta de 3% ano a ano, mas queda de 7% na comparação trimestal.
- PETROBRAS PN cedeu 0,19%, em meio ao enfraquecimento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em baixa de 0,43%.
- RAÍZEN PN disparou 8,28%, reagindo após renovar mínima histórica mais cedo, a R$ 1,62. Até a mínima desta sessão, os papéis da companhia, uma joint venture da Cosan com a Shell, acumulavam em 2025 um declínio de 25%. Uma reportagem do Valor publicada no começo da tarde, citando fontes, afirmou que a Raízen busca aumento de capita para reduzir pressão de dívida do grupo Cosan.
- MAGAZINE LUIZA ON subiu 7,41%, em dia de ajustes após recuar cerca de 5% na véspera, em sessão mais positiva para ações de empresas sensíveis à economia doméstica. O índice do setor de consumo terminou o dia em alta de 1,17%.
- AZUL PN valorizou-se 3,42%, experimentando uma recuperação após despencar quase 9% na véspera, quando reagiu à aprovação pelo conselho de administração da companhia de aumento de capital de entre R$ 1,5 bilhão e R$ 6,1 bilhões mediante emissão de novas ações para entrega a credores da empresa, o que deve provocar a diluição de acionistas. GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, saltou 9,29%.
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