Atividade cresce 3,8% em 2024, mas mostra perda de força no fim do ano, aponta BC
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Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - A atividade econômica brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,8% mesmo depois de contrair mais do que o esperado em dezembro, mostrando que perdeu força no quarto trimestre como esperado, apontaram dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,7% em dezembro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado. O resultado foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,4%.
Foi o resultado mensal mais fraco desde maio de 2023 (-1,72%), levando o índice a fechar o quarto trimestre com estagnação na comparação com os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.
Na comparação com dezembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 2,4%, segundo números observados.
A expectativa era de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo BC, com juros em patamar restritivo.
O último mês do ano passado corroborou essa visão, com enfraquecimento nos setores industrial, de varejo e de serviços, embora todos tenham acumulado nos ganhos.
O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e de 2024 em 7 de março. Analistas preveem que a atividade seguirá em ritmo mais moderado em 2025, depois de o BC já ter elevado a taxa básica de juros Selic a 13,25%, com novo aumento já indicado.
No final da semana passada, o Ministério da Fazenda elevou sua projeção para a expansão do PIB em 2024 de 3,3% para 3,5%, mas reduziu a expectativa para este ano de 2,5% a 2,3%%.
Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central aponta que a expectativa do mercado para a expansão do PIB em 2024 é de 3,5%, indo a 2,01% em 2025.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
(Por Camila Moreira)
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