Dólar sobe e volta a fechar acima dos R$5,70 em dia de liquidez reduzida
![]()
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Numa sessão de liquidez reduzida em função de feriado nos Estados Unidos, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e encerrou a segunda-feira em leve alta, novamente acima dos R$5,70, enquanto no exterior a moeda norte-americana tinha sinais mistos ante as demais divisas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, aos R$5,7128, após ter encerrado a sexta-feira em R$5,6974.
Em 2025, a moeda norte-americana acumula queda de 7,54%.
Às 17h03 na B3 o dólar para março -- atualmente o mais líquido -- subia 0,14%, aos R$5,7250. No fim da tarde a negociação com dólar futuro girava perto de 123 mil contratos -- bem abaixo de um dia normal.
Com o feriado do Dia dos Presidentes nos EUA, que manteve os mercados norte-americanos fechados, o mercado brasileiro se voltou para a agenda doméstica, que tinha o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) como destaque.
Considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador caiu 0,7% em dezembro ante novembro, em dado dessazonalizado. O resultado foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,4%.
Foi o resultado mensal mais fraco desde maio de 2023 (-1,72%), levando o índice a fechar o quarto trimestre com estagnação na comparação com os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.
Embora tenha sido o gatilho para a queda firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) nesta segunda-feira, o IBC-Br pouco influenciou as cotações do dólar, que oscilou em margens estreitas, sem motivos para ajustes mais fortes.
“Tivemos um dia de feriado nos Estados Unidos, que sempre diminui a liquidez, reduz os negócios. É um dia de dólar ‘de lado’, tentando acompanhar o movimento do exterior, onde a moeda está levemente valorizada ante algumas divisas pares do real”, avaliou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Após marcar a cotação máxima de R$5,7227 (+0,44%) às 9h04 -- logo após a abertura --, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6952 (-0,04%) às 10h45. No restante da sessão, pouco se afastou da estabilidade.
No exterior, às 17h10, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,06%, a 106,730.
Pela manhã o Banco Central vendeu, em sua operação diária, 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.
Também divulgado pela manhã, o boletim Focus do BC mostrou que a mediana das projeções do mercado para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$6,00, com uma taxa básica Selic projetada em 15,00% no final do ano. Atualmente a Selic está em 13,25% ao ano.
0 comentário
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde
Dólar se firma em baixa ante o real após Bolsonaro cancelar entrevista
Indonésia prevê a assinatura de um acordo tarifário com os EUA em janeiro e afirma que todas as questões foram resolvidas