Ibovespa recua com avanço em DIs; balanços de GPA, Carrefour e Iguatemi ocupam atenções

Publicado em 19/02/2025 11:17 e atualizado em 19/02/2025 12:29

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, tendo como pano de fundo o avanço nas taxas dos contratos de DI em meio à alta nos rendimentos dos Treasuries, enquanto a temporada de balanços no Brasil destacava os resultados de GPA, Carrefour Brasil e Iguatemi conhecidos na noite da véspera.

Investidores também monitoram novas ameaças de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora envolvendo automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, bem como repercutem decisão da PGR de denunciar os ex-presidente Jair Bolsonaro como líder de tentativa de golpe de Estado.

Por volta de 11h, o Ibovespa caía 0,57%, a 127.800,82 pontos. O volume financeiro no pregão somava 2,52 bilhões de reais.

Na visão de analistas do Itaú BBA, o Ibovespa está livre para subir após a superação das resistências na última semana.

"Porém, nos dois pregões seguintes ao rompimento, o índice não conseguiu evoluir no movimento de alta. Um movimento de realização de lucros, não era esperado por ora, mas caso aconteça, poderá atrasar o movimento de subida", afirmaram no relatório Diário do Grafista enviado a clientes,

Em Wall Street, os futuros acionários mostravam sinal negativo, com a agenda norte-americana também destacando a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.

"A ata pode fornecer informações adicionais e, principalmente, estabelecer condições para a retomada da flexibilização da política monetária", afirmou a equipe da XP no seu relatório "morning call".

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON recuava 1,15% antes da divulgação do balanço nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado brasileiro. Previsões compiladas pela Lseg apontam lucro líquido de R$9,5 bilhões no último trimestre de 2024. O BB é o único banco com ações no Ibovespa que ainda não reportou seu resultado. ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,84%, BRADESCO PN caía 0,98% e SANTANDER BRASIL UNIT era negociada em baixa de 0,48%.

- VALE ON caía 0,68% tendo no radar o resultado do quarto trimestre que será conhecido após o fechamento do pregão. Estimativas compiladas pela Lseg apontam lucro líquido de US$1,947 bilhão. Na China, os futuros do minério de ferro avançaram, com o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrando as negociações do dia com alta de 1,48%, a 820,50 iuanes (US$112,66) a tonelada.

- PETROBRAS PN era negociada com acréscimo de 0,13%, após renovar máximas históricas na véspera, quando completou quatro pregões seguidos de alta, acumulando no período uma valorização de 5,7%. Os negócios com a ação eram mediados pelo avanço dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, subia 0,79%, a US$76,44.

- B3 ON perdia 1,3% no penúltimo pregão antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, previsto para a quinta-feira após o fechamento do mercado. Média de projeções compiladas pela Lseg apontam lucro líquido de R$1,18 bilhão.

- USIMINAS PNA valorizava-se 2,98%, endossada por relatório do Itaú BBA que elevou a recomendação das ações para "outperform" e o preço-alvo de R$7 para R$8,50, citando um "momentum positivo" operacional e "valuation" atrativo. No setor, GERDAU PN, que divulga balanço após o fechamento, recuava 0,06%, enquanto CSN ON perdia 0,45%.

- CARREFOUR BRASIL ON avançava 0,93% após publicar na noite da véspera balanço do último trimestre do ano passado, quando o grupo teve salto de 241% no lucro líquido. O resultado incluiu um, reconhecimento de R$1 bilhão em ativos tributários diferidos relativos a perdas acumuladas do grupo Big. O Ebitda ajustado cresceu 2,2%, enquanto a margem recuou 0,2 ponto, a 6,5%. As chamadas vendas mesmas lojas quando excluída a venda de gasolina e efeito calendário aumentaram 6%.

- IGUATEMI UNIT avançava 0,56%, revertendo a fraqueza da abertura, com as atenções voltadas aos números do quarto trimestre, que mostraram lucro líquido ajustado 21,9% acima do registrado no mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado cresceu 19,4% e a margem avançou a 84%. A companhia divulgou projeções para 2025, incluindo crescimento da receita líquida de shoppings entre 7% e 11% e investimentos de R$330 milhões a R$400 milhões, além de margem Ebitda total entre 75% e 79%.

- GPA ON subia 0,34% após cair mais de 6% na abertura. O dono da rede de supermercados Pão de Açúcar mostrou prejuízo de R$737 milhões nas operações continuadas no quarto trimestre, mas o Ebitda ajustado consolidado subiu 25,4% e a margem cresceu 1,4 ponto percentual, a 9,5%, As vendas mesmas lojas subiram 9,6% e a alavancagem financeira caiu a 1,6 vez.

- LWSA ON recuava 3,94%, no segundo pregão seguido no vermelho, após acumular até a segunda-feira três altas seguidas, com um ganho de quase 11% no período. Na semana passada, a companhia anunciou que o conselho de administração elegeu Rafael Chamas Alves como presidente, bem como aprovou novo programa de recompra de até 38,8 milhões de ações.

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Fonte:
Reuters

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