Ibovespa avança e supera 132 mil pontos antes de decisões de juros; Vivara sobe 4%
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, renovando máxima intradia em cinco meses acima dos 132 mil pontos, com Vivara entre os destaques positivos após balanço trimestral, enquanto aguardam decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
Por volta de 10h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,45%, a 132.063,38 pontos, engatando a sexta sessão seguida de alta. O volume financeiro somava R$2,26 bilhões.
O Federal Reserve divulga sua decisão de política monetária às 15h, com as previsões no mercado apontando manutenção da taxa na faixa de 4,25% a 4,5%, em anúncio que virá acompanhado de projeções econômicas do banco central norte-americano.
Investidores devem buscar nas estimativas se o Fed ainda vê os juros caindo até o final do ano e a sua percepção sobre as implicações econômicas dos primeiros meses do governo de Donald Trump. O chair, Jerome Powell, fala com a imprensa às 15h30.
No Brasil, o Banco Central deve anunciar após o fechamento do mercado uma alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, para 14,25%, maior patamar da Selic em quase uma década, conforme sinalizado anteriormente pela autoridade monetária.
Mais cedo, o Ministério da Fazenda elevou suas projeções para a inflação brasileira em 2025 e 2026, para 4,9% e 3,5%, respectivamente, mantendo ainda as previsões para o crescimento do país nos dois períodos.
"Teremos um grande dia pela frente", afirmou o analista de investimentos Alison Correia, sócio-fundador da Dom Investimentos.
DESTAQUES
- NATURA&CO ON avançava 4,94%, no segundo pregão de correção, após fortes perdas desde a divulgação do balanço na semana passada. Apenas na sexta-feira, a ação desabou quase 30% refletindo decepção com o resultado e preocupações futuras.
- VIVARA ON subia 4,09% após lucro líquido de quase R$300 milhões no quarto trimestre do ano passado, um salto de 91,9% ano a ano, em resultado ajudado por alterações de critérios contábeis, mas também marcado por melhora em margens.
- TOTVS ON ganhava 2,86%, após o conselho de administração aprovar pagamento de até R$82 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), correspondente a R$0,14 por ação.
- AZZAS 2154 ON valorizava-se 2,7%, tendo no radar anúncio dos acionistas de referência Alexandre Birman e Roberto Jatahy, de que não há, no momento, qualquer discussão sobre compra de participação ou cisão de negócios.
- ASSAÍ ON tinha elevação de 2,65%, tendo no radar aumento de capital de R$194 milhões aprovado pelo conselho de administração, bem como programa de recompra de até 8 milhões de ações.
- VALE ON cedia 0,52%, alinhada ao declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com baixa de 2,12%.
- PETROBRAS PN cedia 0,06%, tendo de pano de fundo variações modestas do petróleo no exterior, com o barril de Brent subindo apenas 0,13%. PETROBRAS ON mostrava acréscimo de 0,2%.
- HAPVIDA ON recuava 4,66%, após seis altas seguidas, antes do balanço após o fechamento no mercado. Na véspera, a ANS reportou dados do setor, incluindo da empresa, que a Hapvida disse não refletir necessariamente seu resultado.
- TAESA UNIT caía 0,79%, em meio à análise do balanço dos últimos três meses de 2024, com lucro líquido regulatório de R$200,6 milhões, queda de 32,5% ano a ano. O Ebitda regulatório caiu 11,5%, para R$421,6 milhões.
- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,56%, em dia positivo para bancos como um todo no Ibovespa.
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