Ibovespa recua em dia de tombo de Raízen e salto de Hapvida
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com um declínio modesto nesta quinta-feira, com a fase final da temporada de resultados ocupando as atenções, tendo Hapvida na ponta positiva após sinalização mais otimista para o segundo semestre, enquanto Raízen desabou com prejuízo bilionário em meio a forte aumento da dívida.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,24%, a 136.355,78 pontos, tendo marcado 135.587,94 pontos na mínima e 137.436,74 pontos na máxima do dia. O volume financeiro do pregão somou R$22,7 bilhões.
De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa saiu da tendência de baixa e encontra certa dificuldade em seguir em direção à sua máxima histórica.
"O Ibovespa superou a primeira resistência em 137.000 pontos e devolveu fechando abaixo novamente (na véspera). Esse é um sinal da indefinição do mercado no curto prazo", afirmaram, destacando que as próximas resistências estão em 139.400 e 141.600 pontos.
"Do lado da baixa, o índice encontra suportes em 135.400, 134.400 e a região dos 131.500 pontos."
DESTAQUES
- HAPVIDA ON avançou 8,29%, mesmo após o balanço do segundo trimestre mostrar queda de quase 70% no lucro, com executivos adotando tom otimista para o segundo semestre e afirmando que alguns dos fatores que pressionaram o resultado de abril a junho não devem se repetir nos próximos trimestres.
- GRUPO ULTRA ON subiu 4,01%, em meio a Ebitda ajustado de R$2,1 bilhões do segundo trimestre, de R$1,3 bilhão um ano antes, acima das previsões no mercado. O conglomerado, dono da rede de postos Ipiranga e da Ultragaz, anunciou R$326 milhões em dividendos intermediários.
- RAÍZEN ON desabou 12,5%, maior queda percentual diária já registrada pelo papel desde seu IPO em 2021, para uma mínima histórica de fechamento a R$1,05. A empresa teve prejuízo de R$1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, enquanto a dívida líquida saltou para R$49,2 bilhões.
- BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 2,96% antes do balanço do segundo trimestre, que será conhecido após o fechamento do mercado. Investidores também aguardam divulgação de previsões suspensas na ocasião da publicação do balanço do primeiro trimestre e sobre dividendos.
- ITAÚ PN fechou com variação negativa de 0,13%, enquanto BRADESCO PN apurou declínio de 0,74% e SANTANDER BRASIL UNIT caiu 0,52%.
- VALE ON cedeu 1,24%, pressionada pelo recuo dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian caiu 2,94%. No setor, USIMINAS PNA caiu 7,19% e CSN ON perdeu 6,06%, enquanto GERDAU PN recuou 1,03%.
- PETROBRAS PN fechou com declínio de 1,28%, descolada da alta do petróleo no exterior, onde o barril do Brent encerrou com acréscimo de 1,84%. Relatório fiscal da estatal mostrou que a Petrobras recolheu R$131,7 bilhões aos cofres públicos no primeiro semestre do ano.
- JBS, que é negociada em Nova York, recuou 4,54%, com o resultado do segundo trimestre também no radar, além de anúncio de programa de recompra de ações. A companhia também comprou uma fábrica de alimentos processados em Ankeny, no Estado norte-americano de Iowa, e afirmou que investirá US$100 milhões no local.
- AZEVEDO E TRAVASSOS ON saltou 7,14%, após consórcio que tem um fundo da empresa entre os membros vencer nesta quinta-feira leilão da BR-060/364, trecho rodoviário de 490 quilômetros que liga Goiás ao Mato Grosso, com uma oferta de desconto de 19,70% sobre a tarifa básica de pedágio.
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