Ibovespa fecha estável com resiliência do BB apesar de tombo no lucro
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou estável nesta sexta-feira, com agentes financeiros repercutindo uma nova batelada de resultados, incluindo os números de Banco do Brasil, cujas ações avançaram mesmo após tombo de 60% no lucro, enquanto Embraer pressionou negativamente.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação negativa de 0,01%, a 136.340,77 pontos, tendo marcado 135.583,07 pontos na mínima e 136.431,44 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou um ganho de 0,31%.
O volume financeiro nesta sexta-feira, também marcada pelo vencimento de opções sobre ações, somou R$24,6 bilhões.
Wall Street fechou sem uma direção única, com o Dow Jones em alta de 0,08%, mas o S&P 500 e o Nasdaq com sinal negativo, com o noticiário corporativo também ocupando as atenções, enquanto agentes seguem especulando sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL ON avançou 4,03%, mesmo após tombo de 60% no lucro do segundo trimestre, pressionado pelo agro, enquanto o ROE desabou a 8,7%. O BB também atualizou projeções, com corte na previsão para lucro de 2025, enquanto reduziu o payout a 30%. A CEO afirmou que o terceiro trimestre ainda deve vir "estressado", mas espera melhora no final do ano.
- EMBRAER ON caiu 4,21%, para uma mínima em cerca de duas semanas. Analistas do UBS BB elevaram o preço-alvo dos ADRs da companhia de US$39 para US$44, mas reiteraram a recomendação de venda para as ações, mesmo enxergando algumas melhoras, principalmente nas margens, no segundo trimestre.
- BRF ON avançou 5,62%, após a maior exportadora de frango do mundo reportar lucro de R$735 milhões no segundo trimestre, apesar dos impactos causados por um surto de gripe aviária em maio, que levou a restrições comerciais. A companhia disse que espera que China e União Europeia retomem importações de carne de frango do Brasil "em questão de dias ou semanas".
- MARFRIG ON subiu 8,75%, também tendo no radar o balanço do segundo trimestre, com Ebitda ajustado de R$3 bilhões no período, queda de 10,8% na mesma comparação, mas acima da expectativa média de analistas de R$2,5 bilhões, segundo dados da LSEG. A empresa está em processo para incorporação das ações da BRF, na qual é o principal acionista atualmente.
- VALE ON recuou 0,19%, em dia de queda dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 1,08%, a 776 iuanes (US$108,03) a tonelada.
- PETROBRAS PN caiu 0,03%, tendo como pano de fundo o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em baixa de 1,5%.
- RAÍZEN PN caiu 0,95%, para R$1,04, nova mínima de fechamento, ainda pressionada por receios com o endividamento da empresa. O CEO da Cosan, que divide o controle da Raízen com a Shell, disse nesta sexta-feira que um novo sócio para a Raízen é uma opção que a companhia aprecia. COSAN ON, que também teve de pano de fundo o balanço trimestral, subiu 1,48%.
- NUBANK, que tem as ações listadas nos Estados Unidos, disparou 9,08%, após reportar lucro líquido de US$637 milhões no segundo trimestre, um aumento de 42% em relação ao ano anterior em uma base neutra de câmbio. O ROE atingiu 28%, igualando o nível divulgado no ano anterior. A receita líquida cresceu 40%, para US$3,7 bilhões entre abril e junho.
- BANRISUL PNB, que não está no Ibovespa, valorizou-se 7,95%, tendo no radar aumento de 52,7% ano a ano do lucro líquido do segundo trimestre, para R$377,7 milhões. A margem financeira subiu cerca de 10%, para R$1,64 bilhão, enquanto o ROE ajustado anualizado cresceu de 9,9% para 14,3%.
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