Dólar tem leve baixa em dia de agenda doméstica cheia e pouca oscilação
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Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar registrou leve baixa ante o real no fechamento desta quinta-feira, tendo oscilado em faixa estreita durante toda a sessão, conforme os investidores acompanharam os movimentos da moeda norte-americana no exterior, sem observarem fatores impactantes na agenda doméstica.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,29%, a R$5,41821.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a R$5,423 na venda.
A moeda brasileira ficou quase completamente dependente do desempenho da divisa dos Estados Unidos no exterior neste pregão. Pela manhã, enquanto o dólar avançava nos mercados globais, o real acumulou perdas ante a divisa de reserva global.
Foi nesse momento que o dólar atingiu a cotação máxima do dia, de R$5,4574 (+0,43%), às 11h29.
Os investidores reajustavam suas posições após dias ruins para a moeda norte-americana, na esteira do aumento das apostas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve e da nova frente aberta na ofensiva do presidente Donald Trump contra o banco central dos EUA.
Ao longo do dia, as preocupações com a tentativa de Trump de demitir a diretora do Fed Lisa Cook nesta semana voltaram a pressionar as negociações, levando a uma mudança de direção do dólar globalmente, o que também favoreceu o real.
Na mínima do dia, a divisa dos EUA atingiu R$5,415 (-0,35%), às 14h38.
"Real acompanhou o dólar lá fora em meio à incerteza sobre a política monetária e a independência do banco central norte-americano. Fomos vendo a alta do dia se esfriando, com um movimento de ajuste e volatilidade", disse João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,05%, a 98,216.
O mercado doméstico sofreu pouca influência de fatores internos na sessão, mesmo diante de uma agenda cheia, que contou com falas de autoridades e divulgação de dados econômicos.
No período da tarde, os agentes monitoraram comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que disse durante evento que a convergência da inflação à meta de 3% está ocorrendo de forma lenta, ressaltando que a taxa Selic, agora em 15%, deve permanecer por período prolongado nesse patamar.
Na frente de dados, o destaque ficou por conta do relatório do Caged, que mostrou que o Brasil abriu 129.775 vagas formais de trabalho em julho, em resultado abaixo do esperado em pesquisa da Reuters.
Entre a mínima e a máxima do dia, a moeda norte-americana variou apenas 4 centavos de real.
Mais cedo, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$1,833 bilhão em agosto até o dia 22.
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