Dólar oscila perto da estabilidade ante o real
![]()
Por Fabricio de Castro
(Reuters) - Após abrir a sessão em leve baixa, o dólar oscila perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira, com a moeda norte-americana recuando ante a maioria das demais divisas no exterior, em uma sessão de agenda econômica relativamente esvaziada.
Às 10h26, o dólar à vista subia 0,04%, a R$5,4160 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,02%, a R$5,4460.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, aos R$5,4139 -- a terceira sessão consecutiva de queda, após bateria de dados econômicos divulgados nos Estados Unidos na semana passada ampliarem as apostas no corte de juros pelo Federal Reserve este mês.
Nesta segunda, os investidores globais voltaram as atenções para o Japão, onde o primeiro-ministro Shigeru Ishiba renunciou ao cargo, dando início a um período potencialmente longo de incerteza política para a quarta maior economia do mundo.
Após acertar os detalhes finais de um acordo comercial com os EUA para reduzir as tarifas sobre os produtos japoneses, Ishiba, 68 anos, disse em uma coletiva de imprensa que precisa assumir a responsabilidade por uma série de derrotas eleitorais.
Neste cenário, o iene era uma das poucas moedas que cediam ante o dólar no exterior, mas em movimento insuficiente para evitar a queda do DXY (índice do dólar), umas das principais referências para o câmbio no Brasil. Às 10h27, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- caía 0,36%, a 97,521.
Internamente, o relatório Focus do Banco Central mostrou poucas mudanças nas projeções dos economistas do mercado para o câmbio no fim de 2025 e 2026. A mediana projetada para o dólar no encerramento deste ano foi de R$5,56 para R$5,55 -- cerca de R$0,14 acima do patamar atual. Para o fim do próximo ano a mediana passou de R$5,62 para 5,60.
Em relatório desta segunda-feira, as estrategistas Ioana Zamfir e Sofia Palacios, do Morgan Stanley, afirmaram que "uma quebra do BRL abaixo de 5,40 é possível, assumindo uma fraqueza sustentada do USD e considerando o carry muito atrativo da moeda, mas o ímpeto deve desacelerar significativamente".
"O ruído nas manchetes tende a aumentar até o final do ano, devido aos processos legais contra o ex-presidente Bolsonaro e os debates sobre o orçamento do ano eleitoral", acrescentaram. "Preferimos permanecer neutros e manter nossa exposição no mercado de juros."
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.
0 comentário
Presidente do Fed de NY não vê necessidade urgente de cortar juros de novo em entrevista à CNBC
Ibovespa avança na abertura com apoio da Embraer
Dólar tem alta leve no Brasil com mercado à espera de leilões de linha
Crescimento na zona do euro é altamente incerto devido à guerra comercial e às tensões, diz membro do BCE
Câmara decide cassar mandatos de Eduardo Bolsonaro e Ramagem
Minério de ferro sobe na semana com apostas de reabastecimento para feriado na China