Miran, do Fed, diz que não está focado na alta dos preços dos ativos ao pressionar por juros mais baixos
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Por Jamie McGeever
WASHINGTON (Reuters) - O diretor do Federal Reserve Stephen Miran disse nesta quinta-feira não estar preocupado com o risco de que a flexibilização da política monetária inflacione ainda mais preços de ativos que estão historicamente altos e, em alguns casos, recordes.
"Quando penso nas condições financeiras que mais importam em termos de economia real, são aquelas relacionadas à habitação, e essas parecem muito menos frouxas", disse Miran à Reuters, à margem de uma reunião do Instituto de Finanças Internacionais. "Há pessoas que estão preocupadas com isso (aumento do preço dos ativos). Meu foco é a inflação e o emprego máximo."
Miran tem pressionado por cortes acentuados nas taxas de juros desde que entrou para o Fed no mês passado, argumentando que a repressão à imigração do governo Trump reduz o crescimento populacional dos EUA e diminuirá a inflação imobiliária, criando espaço para o banco central reduzir as taxas de juros.
"Há muitas coisas que impulsionam os preços dos ativos", disse Miran. "A política monetária é uma delas, mas também as mudanças na política fiscal, a política regulatória, os cenários globais - há muitas coisas que os impulsionam."
Miran, que planeja voltar ao seu cargo de economista-chefe da Casa Branca quando seu mandato no Fed terminar no início do próximo ano, queria um corte de meio ponto percentual na taxa de juros na reunião do Fed do mês passado e defende grandes movimentos semelhantes nas próximas reuniões. Outras autoridades do Fed veem a necessidade de cortes menores nas taxas de juros para evitar o enfraquecimento do mercado de trabalho.
O Fed se reunirá em 28 e 29 de outubro e espera-se que reduza a taxa de juros em um quarto de ponto percentual, para uma faixa de 3,75% a 4,00%.
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