Dólar fecha em queda em dia de menor liquidez global e disputa por Ptax
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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a sexta-feira em queda contra o real, após uma sessão marcada por menor liquidez no exterior, com o pregão reduzido nos Estados Unidos após feriado, e pela disputa da Ptax de fim de mês no plano doméstico, o que trouxe volatilidade para a moeda.
O dólar à vista fechou em queda de 0,31%, aos R$5,3353 na venda. No acumulado da semana, o recuo foi de 1,23%. Já no acumulado do mês de novembro, houve queda de 0,82%.
Às 17h22, o contrato de dólar futuro para janeiro -- que nesta sexta-feira passou a ser o mais líquido no Brasil -- caía 0,44% na B3, aos R$5,3710.
Nos mercados internacionais, o dia foi de tentativa de ajuste após o feriado de Ação de Graças e antes do fim de semana, com volume reduzido nos mercados globais de moedas, incluindo no Brasil. Nesse contexto, a moeda americana operava com viés negativo no final da tarde no exterior.
Às 17h23 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,10%, a 99,432.
"Hoje, o ajuste do feriado, somado à formação da Ptax, causou distorção", disse Fernando Bergallo, CEO da FB Capital.
Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
A Ptax fechou a sexta-feira a R$5,3332 para compra e a R$5,3338 para a venda, conforme o Banco Central.
O CEO da FB Capital também pontuou que o movimento do Ibovespa, que operou em níveis recordes ao longo da sessão, na casa dos 159 mil pontos, também influenciaram na valorização do real.
"A bolsa está renovando a máxima histórica, tem muito fluxo estrangeiro aí. Isso está aumentando a oferta de dólares e ajudando nessa queda de hoje", disse Bergallo.
Em meio a esses elementos, o dólar atingiu a menor cotação do dia, de R$5,3277 (-0,45%), às 10h59, e a maior cotação do dia, de R$5,3586 (+0,13%), às 9h20.
Na agenda econômica doméstica, pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o país atingiu uma taxa de desemprego de 5,4% no trimestre encerrado em outubro, ante projeção de 5,5% dos economistas.
Já o BC informou que a dívida bruta brasileira subiu de 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro para 78,6% em outubro. No mês passado, o setor público consolidado teve superávit primário de R$32,392 bilhões, mas o valor ficou abaixo do saldo positivo de R$33,5 bilhões projetado por economistas em pesquisa da Reuters.
(Por Igor Sodré)
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