Lula aparece com 41% no primeiro turno, Flávio Bolsonaro soma 23% e Tarcísio tem 10%, mostra Genial/Quaest
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Por Eduardo Simões e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA, 16 Dez (Reuters) - Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira mostrou vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todos os cenários de segundo turno da eleição de 2026 e o senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL), mais bem posicionado do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou demais candidatos do campo da direita para enfrentar o petista no primeiro turno.
De acordo com o levantamento, que teve sua divulgação adiantada após o vazamento de dados, Lula teria 41% das intenções de voto em um cenário de primeiro turno, seguido de Flávio Bolsonaro, com 23%, e de Tarcísio, com 10%.
Nos cenários de segundo turno, o levantamento mostra que Lula teria 46% dos votos contra 36% de Flávio Bolsonaro. Na última vez que o senador apareceu na pesquisa, em agosto, quando sua pré-candidatura ainda não havia sido anunciada, Lula detinha 48%, enquanto Flávio registrava 32%.
Quando o adversário em um segundo turno é Tarcísio, Lula teria 45% (em novembro eram 41%), enquanto o governador de São Paulo iria abarcar 35% das intenções de voto, ante 36% em novembro.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), também registra 35%, mesmo percentual do mês passado, em um cenário de segundo turno em que Lula tem 45% (eram 40% em novembro). Em um primeiro turno, Lula teria 39%, Flávio somaria 23% e Ratinho, 13%.
Flávio anunciou que foi escolhido pelo pai para concorrer à Presidência da República em 5 de dezembro, informação mal recebida pelo mercado, que tem entre muitos de seus integrantes a preferência por Tarcísio.
A pesquisa perguntou aos entrevistados sua opinião sobre a escolha do ex-presidente. Para 54%, ele errou ao indicar Flávio como candidato. Outros 36% avaliam a decisão como acertada.
AVALIAÇÃO
Os índices de aferição do desempenho de Lula e seu governo mantiveram-se estáveis desde a última rodada da Genial/Quaest, em novembro, com pequenas oscilações dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A aprovação do governo saiu de 47%, na última rodada, para 48% agora. A desaprovação passou de 50% a 49%.
A parcela dos que avaliam o governo como positivo variou de 31% em novembro para 34% em dezembro. Os que o consideram negativo mantiveram-se no patamar de 38%, enquanto os que o avaliam como regular saíram de 28% para 25%.
Combate à corrupção, segurança pública e gestão da economia são as áreas do governo com maiores avaliações negativas, com 55%, 47% e 46%, respectivamente.
O apoio à cultura e às artes, a geração de emprego e a promoção de oportunidades para todos estão entre as mais bem posicionadas, com avaliações positivas de 46%, 40% e 38%, respectivamente.
A percepção da população sobre a economia do país nos últimos 12 meses apresentou uma leve melhora. O número dos que consideram que a economia piorou caiu de 43%, em novembro, para 38% nesta última rodada. A parcela dos que acham que a economia melhorou saiu de 24% para 28%, uma variação no limite da margem de erro.
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro, e ouviu 2.004 pessoas.
(Reportagem de Eduardo Simões, em São Paulo, e Maria Carolina Marcello, em Brasília)
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