Mercado financeiro assusta nesta segunda-feira, mas preços dos grãos continuam firmes

Publicado em 05/09/2011 10:02 e atualizado em 05/09/2011 19:51
Um possível rebaixamento do rating soberano da Itália, além de preocupações quanto à economia americana e grega derrubaram as principais bolsas européias nesta segunda-feira. Em Milão, o recuo foi de 4,83%.  Já a Bolsa de Frankfurt caiu 5,28%, enquanto Londres despencava 3,58%. Em Paris, a queda foi de 4,73%. Os principais motivos para o corte na nota italiana seriam as fracas previsões macroeconômicas, além das dúvidas sobre o país conseguir financiamento no mercado.

O clima de pessimismo mundial não poupou as bolsas asiáticas. Tóquio caiu 3%, China 2% e Coréia do Sul mais de 4% de perda. Em Sydney, o S&P/ASX 200 diminuiu 2,38%. A Bovespa também sente os reflexos da aversão ao risco mundial. Às 13h35, O Ibovespa, principal índice das ações brasileiras, recuou 2,71%, perdendo o patamar dos 55 mil pontos (fechou com 54.998 pontos).

Mesmo com o feriado do Dia do Trabalho nos EUA, a moeda americana registrava seu terceiro dia seguido de valorização no Brasil, subindo para R$ 1,65, com alta de 0,87%. Com a falta das Bolsas norte-americanas, o dia foi de poucos negócios no mercado de commodities agricolas.


Mas nesta terça-feira os fundamentos poderão falar mais alto nas bolsas de Chicago e N. York. No caso da soja e milho as notícias continuam cada vez mais preocupantes para os produtores norte-americanos. A meteorologia prevê chuvas no Corn Bealt, mas em quantidade insuficiente para garantir o enchimento dos grãos da soja. Já a safra do milho deverá perder cada vez mais qualidade. 

Para esta terça-feira está prevista a divulgação de mais um relatório de acompanhamento de safra por parte do USDA (às 17 h. de Brasília, com as Bolsas já fechadas). O mercado especula que haverá nova diminuição de  mais 1% na qualidade da safra americana. Tanto que os prêmios para a soja disponível no porto de Paranaguá continuam mostrando um termometro favorável para safra brasileira (+37 no março e +23 no maio sobre as cotações de Chicago). 

Também o milho voltou a subir nesta segunda-feira, com as cotações a futuro na BM&F mostrando preços, base Campinas, acima de R$ 32,00 para novembro e janeiro, a R$ 29,00 para março (mês da colheita de verão).

Os produtores estão com os insumos estocados, somente à espera das chuvas de verão para dar início a mais uma safra. Todavia, a meteorologista Desirée Brandt, da Somar Meteorologia, não garante chuvas continuas já para a 2a. quinzena de setembro. Segundo ela, chuvas plantadeiras, de monta, somente para o início de outubro (previsão válida para o Brasil central e Centro-Oeste).
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Por:
Ana Paula Pereira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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