FINANCEIRO: Cenário segue marcado por incertezas. Itália é a bola da vez

Publicado em 10/11/2011 09:56 e atualizado em 10/11/2011 10:58
A situação do mercado financeiro global ainda é muito incerta e a frágil. A volatilidade também já pode ser sentida, uma vez que ainda se deparam com informações desencontradas e poucas resoluções concretas . A Itália "substituiu" a Grécia como foco da crise, uma vez que apresenta uma dívida de mais de 2 trilhões de euros e condições algumas de arcar com ela.

A crise da dívida europeia se agrava dia a dia e nem mesmo as notícias de saída de primeiros ministros como George Papandreou, da Grécia, e Sílvio Berlusconi, da Itália, têm trazido algum alívio ao mercado.

Nesta quarta-feira, em função dessa crise, as principais bolsas de valores da Ásia fecharam o dia, mais uma vez, no vermelho focando a delicada situação italiana. Como informou a Folha de S. Paulo, os juros dos bônus da Itália dispararam e acabaram gerando o temor de que a "a crise na terceira maior economia da zona do euro seja superior ao potencial de defesa do bloco, arriscando sua separação". A bolsa de Hong Kong, que tem sido mais suscetível ás más notícias vindas da Europa, despencou 4,5% nesta quinta-feira.

Quanto às bolsas de valores europeias, Londres e Madri recuam e Milão, Frankfurt e Paris avançam, Os traders seguem muito atentos às questões econômicas e políticas de seu continente e também nas previsões divulgadas pela Comissão Europeia para este e o próximo.

Nesta quinta-feira, a comissão informou que a perspectiva de crescimento da Zona do Euro recuou de 1,8% para 0,5%. O temor é de que a Europa possa, novamente, sofrer com uma recessão no ano que vem.

"A Grécia permanecerá em recessão no próximo ano, com um retrocesso do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% em 2012. A previsão contrasta com a estimativa anterior, de um crescimento de 1,1%. Bruxelas prevê que Atenas registrará um leve retorno ao crescimento em 2013, de 0,7%.", informou uma notícia da Reuters.

Veja como a mídia está noticiando o comportamento do mercado financeiro e as principais questões políticas e econômicas da Europa:

>> No Valor: Bolsas Londres e Madri caem; Milão, Paris e Frankfurt avançam

Os investidores e operadores nos mercados europeus não desgrudam suas atenções do quadro macroeconômico e político doméstico. Além da situação na Itália, os agentes têm em mãos as previsões da Comissão Europeia para este ano e o próximo. Um dos focos é a revisão da perspectiva de crescimento da zona do euro em 2012, que saiu de 1,8% para 0,5%.

>> Na Folha: Bolsas da Ásia têm forte queda por temor com Itália

As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em forte queda nesta quinta-feira, com os juros dos bônus da Itália disparando e gerando temor de que a crise na terceira maior economia da zona do euro seja superior ao potencial de defesa do bloco, arriscando sua separação.

Em Tóquio, o índice Nikkei tombou 2,91%. O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 3,75%, pressionado pelos setores financeiro e industrial.

>> No Estadão: Comissão corta previsão de crescimento do PIB da Itália e Espanha

A Comissão Europeia reduziu sua previsão para o crescimento da Itália e da Espanha, segundo seu relatório semestral. A comissão disse que o Produto Interno Bruto (PIB) italiano irá provavelmente se contrair no quarto trimestre e crescer somente 0,5% neste ano, ante a projeção anterior reportada há seis meses de alta anual de 1%.

>> Na Reuters: Europa pode passar por nova recessão em 2012

A Comissão Europeia (CE) contempla um retorno da recessão na Europa no próximo ano, e revisou para baixo as previsões de crescimento para os países europeus em 2012. "O crescimento parou na Europa e poderíamos entrar em uma nova fase de recessão", advertiu Olli Rehn, comissário europeu de Assuntos Monetários, no documento sobre as previsões de outono (hemisfério norte) da CE.

>> Na Veja: Saída de Berlusconi não dissipa temor sobre economia italiana

O anúncio feito na terça-feira pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de que renunciará quando as reformas fiscais pedidas pela União Europeia forem aprovadas, não foi suficiente para amenizar a desconfiança dos investidores em relação à economia italiana. Nesta quarta, os juros pagos aos detentores de títulos da dívida italiana subiram a 7,5% ao ano, ultrapassando em muito o teto de 5%, que costumava ser praticado quatro meses atrás. Isso significa que os investidores estão querendo retornos muito maiores em troca de assumir o risco da compra de um papel italiano.

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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