Índios não aceitam decisão de juízes de MS e só saem com ordem do TJ SP

Publicado em 17/05/2013 08:46 e atualizado em 17/05/2013 17:09

Os índios terena que ocupam as quatro fazendas da região da aldeia Buriti, entre Sidrolândia e Dois Irmãos disseram que só deixam a área se a decisão vier do Tribunal de Justiça de São Paulo. Segundo a Funai, os indígenas querem esperar a decisão de São Paulo, à quem devem recorrer da reintegração de posse dada ao proprietário da fazenda Buriti. Conforme apuração do Campo Grande News, os terena só vão acatar a ordem do desembargador do estado paulista e teriam firmado o acordo com a Polícia Federal apenas para “acalmar o juiz” da 1ª Vara Federal de Campo Grande. Até a reunião realizada entre os cerca de 500 índios que ocupam as quatro fazendas da região na noite de ontem, a decisão era de permanecer na área.

Veja a notícia na íntegra no site do Sidrolândia News.

No Notícias Agrícolas: Índios seguem provocando produtores nas fazendas invadidas em MS

Por Carla Mendes e Fernanda Custódio

Enquanto corre o prazo de 48 horas dado pela Justiça para que os índios Terena deixem a fazenda Buriti em Sidrolândia/MS, os indigenas continuam dentro da propriedade, provocando os proprietários. O prazo para que eles deixem a fazenda termina neste sábado (18) às 15h.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas na manhã desta sexta-feira (17), o produtor rural Ricardo Bacha, dono da Buriti, relatou a situação dizendo que a falta de respeito é muito grande. "Está uma gritaria, agora colocaram as crianças para jogarem futebol quase dentro do pátio da fazenda, ainda tem barracas armadas, está uma bagunça", disse. 

Além dos índios, a Polícia Federal também continua no local e pronta para colocar em prática a reintegração de posse já conseguida pelos proprietários da fazenda. Caso os índios se recusem a sair no prazo determinado, a Polícia Federal deverá requisitar a presença da Polícia Militar para fazer valer a ordem judicial. A multa para cada dia que os índios permanecerem na fazenda invadida depois do prazo determinado é de R$ 1000,00 por dia cobrada da Funai e R$ 500 da aldeia indígena. 

"De quem nós vamos cobrar isso? De quem? O agronegócio não tem mesmo valor para o Governo Federal. Mas eu estou aqui com a minha família e só saio da minha fazenda depois que os índios saírem", lamentou Bacha.

Só nesta semana, quatro fazendas na região de Sidrolândia já foram invadidas por índios Terena. Os indígenas reivindica uma área de 17 mil hectares onde ficam 23 propriedades. Segundo números da Famasul (Federação de Agricultura do Mato Grosso do Sul), há 56 propriedades rurais invadidas em todo o estado e cerca de 80 processos tramitando na Justiça que questionam a demarcação das terras. 

Na Fazenda Cambará, a situação segue inalterada, uma vez que os indígenas permanecem na propriedade e não há previsão de saída. Segundo o produtor rural e proprietário, Vanth Vanni Filho, o prazo de 48 horas dado pela Justiça para que os índios deixem a fazenda Buriti também vale para a sua propriedade. Em apoio ao proprietário, vários produtores rurais estão na fazenda e determinados a agir caso os indígenas não deixem o local. E a expectativa é que mais agricultores cheguem a Cambará nesta sexta-feira (17). “O clima na região é tenso, e o risco de conflito é iminente. Os índios não têm motivos para ficar na propriedade”, relata Vanni.

Abaixo, veja o vídeo da reportagem do Globo Rural desta sexta-feira (17) trazendo imagens da ocupação e das discussões entre índios e produtores. 

>> PF cumpre mandado de reintegração de posse em fazenda invadida por índios em MS

No G1 MS: Indígenas têm até sábado para deixar fazenda em Sidrolândia/MS

Índios da etnia terena têm até as 15h (de MS) de sábado (18) para deixar a fazenda Buriti no município de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. A área foi ocupada na quarta-feira (15) por pelo menos 180 indígenas, segundo informações da Fundação Nacional do Índio (Funai). O dono da propriedade, Ricardo Bacha, entrou com um pedido de reintegração de posse, que foi deferido, em caráter liminar, na tarde de quarta, pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Renato Toniasso. A decisão judicial determina que os mandados de reintegração de posse sejam cumpridos com urgência.

Veja a notícia na íntegra no site do G1 MS

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Fonte:
Sidrolândia News

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7 comentários

  • jose osmar mino Primavera do Leste - MT

    Isso que esta acontecendo é uma pouca vergonha nesse país se fosse um protesto de professores por melhor salarios ou camioneiros por melhorias de estradas e fretes seriam humilhados e ja tinham apanhado da policia federal como ja aconteceu, fico muito triste com este país .

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  • Izabel Lima Mococa - SP

    Será o Benedito ou a capa dele???!!!Índio que é índio não sabe o que é justiça, instância, tribunal, etc...A proteção que a nossa Carta Magna da é para esse índio de verdade!!Já comprei cocar e tangas(urucum eu tenho no quintal!!!) porque se por acaso a funesta funai aparecer aqui a gente põe a fantasia e fala que aqui é a "nação indígena dos leke-leke" Aquele povo é tão índio quanto eu!!! Fácil é chegar na porta da usp e arrumar um antropólogo de plantão para me fornecer um laudo!!!Produtor rural, ACORDA!!!!!Para ter valor no Brasil de hoje tem que ser BANDIDO, SAFADO, APROVEITADOR,DISSIMULADO e assim por diante...

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  • beto palotina - PR

    se o governo nao se mexer logo e os indios noa pararem de fazer invazoes a torto e a direito vai chega um momento que alguns agricultores podem querer adotar o eslogam indio bom e indio m..

    ai vai da hacagada

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  • Edison tarcisio holz Terra Roxa - PR

    LA EU ACHO QUE TEM JUIZ VENDIDO OU ALGUMA COISA ASSIM

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  • Virgilio Andrade Moreira Guaira - PR

    Paciência tem limites. Se não mudarem vão ver estrelas.

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  • Jose Antonio Busato Curitiba - PR

    Tudo indica que estamos sem rumo, porque a Força Nacional, para desocupar a Faz Buriti, nao usa o mesmo criterio que usou para desocupar os produtores da Suia-Missu? Dois pesos e duas medidas? Se o cocumento da terra for legal, só com processo de desapropriaçao justa, para o dono da terra sair. Saudade das estrelas

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