Questão Indígena: Mais um índio tenharim implicado no triplo assassinato de não índios no Amazonas

Publicado em 02/05/2014 09:50

O Ministério Público Federal no Amazonas denunciou seis índios sob acusação de participarem do assassinato de três homens no interior da reserva indígena Tenharim, em Humaitá, no sul do Estado. Além dos cinco índios já presos, o MPF denunciou também a participação de Aurélio Tenharim no crime.

Os seis índios responderão por triplo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa). Quatro deles também são acusados de ocultação de cadáver, de acordo com a Procuradoria.

O funcionário da Eletrobras Aldeney Salvador, o representante comercial Luciano Ferreira e o professor Stef de Souza viajavam juntos pela rodovia Transamazônica, que corta a terra indígena tenharim marmelos, quando foram assassinados pelos índios.

Segundo a Procuradoria, as investigações concluíram que as vítimas foram mortas a tiros no dia 16 de dezembro de 2013. Os corpos dos três homens só foram encontrados em 3 de fevereiro por uma força tarefa militar do Governo. Veja o relato do soldado que encontrou os corpos.

O desaparecimento dos três homens gerou protestos violentos na região no fim de dezembro. Moradores atearam fogo à sede local da Funai e destruíram veículos e barcos que transportavam índios.

Com a tensão, índios evitaram se deslocar a Humaitá. A Força Nacional foi enviada ao local para evitar conflitos. O Ministério Público Federal recorreu à Justiça para garantir a proteção da terra indígena.

Os índios teriam matado os três homens em retaliação à morte do cacique Ivan Tenharim, 55. De acordo com a polícia local, o cacique morreu em um acidente de trânsito. Mas o coordenador local da Funai, Ivã Bocchini, publicou um post no blog da Fundação afirmando que o cacique teria sido assassinado.

De acordo com as investigações, o texto do funcionário da Funai motivou a ação dos índios. Dois dos autores do crime são filhos do cacique morto. Depois do episódio, a Funai exonerou o coordenador regional que publicou o post, apontando-o como incentivador da tensão.

A família do cacique não partilhava da suspeita de que a morte foi mais do que um acidente. "Em nenhum momento a gente falou que o meu pai foi assassinado. A gente não protestou nem chegou a acusar ninguém", disse Gilvan, 24, filho de Ivan. Ele explicou que a família não autorizou a autópsia completa por questões culturais. 

 

 
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Fonte:
Blog Questão Indígena

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