Índios que atacaram posto da polícia militar no Rio Grande do Sul devem responder por sequestro, cárcere privado e roubo
O grupo de índios kaingang que invadiu o posto da Brigada Militar (BM) em Iraí, no norte do Rio Grande do Sul, vai responder a inquérito na Polícia Civil por sequestro, cárcere privado e roubo. Na ocasião, os índios teriam desarmado e levado à força para a reserva indígena dois policiais militares, um carro-patrulha, armas e outros equipamentos da BM.
A ação dos índios aconteceu depois que um veículo com documentação vencida dirigido por índios foi parado em um barreira de trânsito da BM. O carro foi apreendido e os índios atacaram os dois policiais militares da barreira. No confronto, os dois brigadianos ficaram feridos e dois índios foram baleados.
A notícia do que ocorreu na barreira chegou rápido na reserva indígena. Os índios embarcaram em três veículos e foram até o posto da BM, onde estavam outros dois policiais militares. O grupo atacou o posto, imobilizou os dois policiais militares e os conduziram amarrados até a reserva onde permaneceram em cárcere privado.
No final da noite de sábado, os dois brigadianos do posto foram libertados pelos índios e os equipamentos da BM, incluindo as armas, foram devolvidos.
Os dois episódios, o confronto na barreira de trânsito e o do posto da BM, deverão ser investigados pela Delegacia de Polícia Civil de Iraí. "No caso do posto, o grupo de indígenas que levou para a reserva os brigadianos e os equipamentos vai responder por sequestro, cárcere privado e roubo", informou o comissário Pedro Evaldo Wink.
Índios querem financiamento da Caixa Econômica para construir casas nas aldeias
Na manha da última segunda-feira um grupo de índios kaingang realizou um protesto diante na Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O grupo, de aproximadamente 600 índios, veio das reservas de Guarita, Nonoai e Água Santa e exige a liberação de contratos de financiamento habitacional.
De acordo com os índios a necessidade das casas novas é urgente, uma vez que muitas das moradias nas aldeias não oferecem mais as mínimas condições de habitação, principalmente depois das fortes chuvas atingiram a região nos últimos dias.
Um representante dos indígenas da reserva de Nonoai salientou que 847 pedidos de financiamentos foram protocolados na Caixa e que até agora não existe a previsão para que esses recursos sejam liberados.
Mesmo como o protesto, o acesso dos clientes a agência da Caixa ocorreu normalmente. O gerente regional da Construção Civil da Caixa, Lúcio Roberto Hackenhaar salientou que o governo federal possui um programa nacional de habitação rural para atender a esse tipo de demanda. A Caixa é o órgão executor dos contratos. O gerente explicou que os representantes dos indígenas foram recebidos para que pudessem apresentar as reivindicações. Acrescentou que a liberação dos financiamentos depende de autorização do Governo Federal.
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