Prisão de líder da Suiá-Missu, Sebastião Prado, completa 30 dias com situação indefinida
O líder da gleba Suiá Missu (MT), Sebastião Prado, completou 30 dias de prisão no último dia 07 de setembro, sem prazo determinado para ser solto.
A prisão temporária de Prado foi decretada em 10 de agosto. Sobre ele e outros líderes da Suiá Missú pesam acusações de roubo, furto, cárcere privado e atentado contra a ordem pública.
Os produtores da Suiá-Missu, portanto, tentam se reunir para protestar contra a situação, porém, sem sucesso - a ação da Polícia Federal na região impede que haja movimentações deste tipo. "Nosso direito de se expressar está sendo atacado pela Polícia Federal", disse o produtor William Oliveira, em entrevista ao jornalista João Batista Olivi.
Sem dinheiro para continuar pagando por um advogado, os produtores aguardam algum respaldo do Supremo Tribunal Federal para que a situação da prisão de Prado e dos moradores da gleba seja resolvida. A decisão dada em prol do marco memorial para o Mato Grosso do Sul traz alguma esperança, uma vez que a região não é tradicionalmente indígena.
"Não queremos indenização. Só quero o que era meu. Eu mesmo vou construir", aponta Oliveira.