Chicago: Grãos operam em alta com previsão de mais seca para América do Sul
Depois de fecharem a sessão noturna com bons ganhos, as cotações estenderam a tendência positiva para o pregão regular e continuaram avançando. Às 14h35 (horário de Brasília), a soja trabalhava com mais 17 pontos de alta, o milho tinha altas mais modestas - de 4 a 5 pontos nos contratos mais próximos - e o trigo operava no terreno misto.
A seca causada pelo La Niña na América do Sul voltou a ser o foco dos traders. A previsão é de que o clima volte a ficar bastante quente e seco nos próximos dias em importantes regiões produtoras da Argentina e do Brasil e essas adversidades climáticas deram suporte ao mercado. A quebra na safra sulamericana preocupa e gera temores sobre os estoques mundiais de grãos, que já estão em níveis preocupantemente baixos e faz com que a demanda pelas commodities norte-americanas aumentem.
De acordo com os institutos brasileiros de meteorologia, as produções de soja e de milho no Rio Grande do Sul voltarão a sofrer com a falta de chuvas nos próximos 10 dias depois das precipitações que chegaram ao estado na sexta-feira e no sábado. Já para a Argentina, de acordo com um meteorologista da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, está prevista uma onda de calor que vai castigar as lavouras por duas semanas.
Além disso, a recente queda dos preços fez com que os grãos se tornassem mais atrativos para os compradores, que voltaram ao mercado e contribuíram para novas altas como as vistas na sessão noturna de hoje. O financeiro mais tranquilo e dados positivos sobre a economia da China contribuíram para o fechamento positivo da sessão noturna desta terça-feira.