Estiagem na América do Sul e bom humor no financeiro novamente dão suporte aos grãos
O clima adverso na América do Sul voltou a ser o principal fator de alta para os preços. A forte estiagem que castiga as produções de soja e de milho no Sul do Brasil e também na Argentina deve se estender por mais algumas semanas e permitiu que hoje os preços recuperassem parte das perdas da última semana. Porém, os prejuízos não foram completamente contabilizados e ainda não é possível mensurar o tamanho da quebra na safra sulamericana, mas os estragos são grandes.
Porém, a continuidade da seca não foi o único fator que impulsionou as altas na CBOT. Um mercado financeiro mais positivo diante da boa notícia vinda da China sobre o crescimento de seu PIB também estimulou as cotações.
Os traders focaram, novamente, seus investimentos em ativos de risco como as commodities agrícolas e atuaram como catalisadores do avanço.
"Eu estou vendo o mercado influenciado mais pela entrada dos fundos de investimentos. A notícia da China foi muito importante, trouxe um ânimo ao mercado. A gente vê todas as bolsas de valores na Europa subindo acima de 1% e nos Estados Unidos também", comenta o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.
Cachia acredita ainda que o mercado possa se manter sustentado nos próximos meses por conta desse clima adverso na América do Sul além da preocupação com os baixos estoques norte-americanos tanto de soja quanto de milho.
Veja como ficaram as cotações nesta terça-feira:
>> SOJA
>> MILHO
>> TRIGO