Chicago: Soja fecha segunda-feira com mais de 30 pontos de baixa
Segundo analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, os preços recuarm na sessão de hoje por conta da previsão de chuvas para o Brasil e Argentina, as quais deverão aliviar a situação de déficit hídrico das lavouras.
O vice-presidente de pesquisa da corretora R.J. O'Brien, de Chicago, Richard Feltes afirma que as precipitações que devem chegar a pelo menos três quartos da produção argetina de soja e milho nesta semana e na próxima serão suficientes para melhorar as previsões para a colheita das duas commodities.
A seca que castigou as lavouras do Sul do Brasil e de importantes regiões produtoras da Argentina causou perdas irreversíveis em vários pontos. Como explicou o analista de mercado Flávio França, da agência Safras & Mercado, "chuvas daqui para frente estabilizam e impedem novas perdas".
Entretanto, apesar dessa forte baixa de hoje, França diz ainda que "o mercado internacional ainda não assimilou essas perdas, porque o quadro de abastecimento mundial mudou bastante", o que poderia voltar a oferecer suporte para os preços.
Mercado financeiro - O mercado financeiro seguindo por um viés negativo nesta segunda-feira também pesou sobre o mercado de grãos hoje.
As preocupações maiores continuam sendo com a situação da dívida da Zona do Euro, que permanece indefinida e sem medidas efetivas de contenção da crise. Com isso, e com o dólar em alta, os investidores mostram-se mais avessos ao risco e acabam migrando de ativos mais arriscados como as commodities agrícolas.
Confira como ficaram as cotações no fechamento desta segunda-feira:
>> SOJA
>> MILHO
>> TRIGO