Soja: No mercado interno, preços para exportação seguem batendo recordes

Publicado em 13/06/2012 10:23 e atualizado em 29/02/2020 13:47
Os preços da soja para exportação continuam em alta e, nesta terça-feira (12), atingiu o recorde de R$ 68,10. O valor é R$ 12 maior do que o registrado no mesmo período de 2011. O preço mais alto até ontem era o de R$ 55, quando o mercado foi impulsionado por uma quebra da safra nos Estados Unidos em 2004 em função da seca.

Esse bom momento da soja brasileira reflete o cenário mundial positivo para os preços. Na safra 2011/12 a safra brasileira sofreu uma severa redução por conta da estiagem causada pelo La Niña, o dólar supera os R$ 2,00 e na Bolsa de Chicago os patamares de preços também são bastante interessantes. Os fatores  contribuem para a alta dos prêmios e refletem positivamente na formação dos preços finais. 

No entanto, toda essa euforia exige cautela, como os analistas já vêm sinalizando há algum tempo. Apesar dos fundamentos favoráveis, da já conhecida e preocupante falta de soja pelo  mundo, o cenário externo ainda pode influenciar os preços não só a oleaginosa, mas de todas as commodities agrícolas. 

Os preços para a exportação oscilam de acordo com os movimentos na Bolsa de Chicago e os traders que atuam no mercado internacional têm dado bastante atenção ao andamento da crise financeira e ao futuro da economia global, principalmente na Zona do Euro. "Há fatores externos, como a crise na União Europeia, e internos, como a quebra da safra. Se a próxima safra for cheia, tudo pode mudar", disse o coordenador da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário da Unijuí, Argemiro Brum. 

No mercado futuro, os preços deverão continuar sendo formados com base na safra nova dos Estados Unidos. O analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, de Chicago, ratificou ontem a importância de se acompanhar os mapas climáticos norte-americanos e o andamento do ciclo 2012/13. No entanto, já se sabe também que mesmo que o clima seja "perfeito" e que o resultado seja uma safra perfeita, o volume não será suficiente para reabastecer os estoques adequadamente. 

Nesta terça-feira (12), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda reduzindo, novamente, suas projeções para os estoques finais norte-americanos. Porém, alguns analistas não acreditam nesses números e acham que podem ser ainda mais baixos. 

Com informações do Correio do Povo. 
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário