Soja fecha semana próxima da estabilidade, mas com saldo positivo

Publicado em 26/10/2012 16:25
A soja encerrou o último pregão da semana em território misto nesta sexta-feira (26) na Bolsa de Chicago. O mercado, durante toda a sessão, caminhou de lado frente a falta de notícias que pudessem nortear os negócios nos últimos dias. A demanda aquecida pela oleaginosa já é conhecida pelos investidores, bem como os fundamentos, que continuam positivos. 

Como explicou Pedro Dejneka, analista de mercado da Futures International e da PHDerivativos, faltam compradores e vendedores, o que mantém o mercado "preso a patamares", sem exibir movimentos mais expressivos, mais ousados. 

Entretanto, como já vem sendo dito por alguns analistas, o mercado permanece sustentado, já que conta com alguns "novos" fatores de alta como a firmeza do mercado físico nos Estados Unidos - com os sojicultores norte-americanos segurando suas vendas - e também com as adversidades climáticas começando a aparecer no Brasil. 

"O mercado opera muito com percepção, nem sempre com a realidade. E depois do que aconteceu com a safra aqui nos Estados Unidos, quando se fala em calor e seca os investidores ficam nervosos, ainda mais se esperando uma safra recorde na América do Sul", explica Dejneka. 

Por outro lado, o analista reforça também que ainda seria um pouco cedo para se fazer uma avaliação de como esse clima adverso poderia impactar na produção da América do Sul, o que faz com que o mercado ainda não tenha forças suficientes para que subir muito mais. 

O balanço para a semana, entretanto, foi positivo para o mercado internacional da soja, segundo Glauco Monte, analista de mercado da FC Stone. Os preços passaram por pontuais realizações de lucros, porém, em linhas gerais conseguiram recuperar parte das perdas das últimas semanas. 

Ainda de acordo com Monte, na quarta-feira (24), os futuros da soja negociados em Chicago encerraram a sessão com o maior valor para o vencimento novembro - US$ 15,70 - em 18 dias, e para o março - US$ 15,36 - para 16 dias. 

Além disso, disse, assim como o Dejneka, que o mercado aguarda novas notícias, informações concretas que possam direcionar os negócios. O cenário, portanto, é de indefinição, o que contribui para que o mercado caminhe de lado. 

Veja como ficaram as cotações no fechamento desta sexta-feira:



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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Na crise financeira mundial de 2008,que por foi precedida de safras ruins,o USDA baixou o consumo da soja em 8 milhoes de toneladas quando o normal seria crescer 5 milhões,ou seja uma diferença de 13 a menor,ajustando com isto produção consumo Para 2009,saltou o consumo para mais 15 milhões ,atualizando a demanda .Tiveram exito na jogada pois as safras 2008 2009 e 2009 2010 foram boas .Porém se isso foi uma jogada para segurar preços, o furo, ficou contabilizado na forma de estoques e não houve tempo para dilui-lo.Agora Novamente baixou o consumo que havia previsto no relatório de fev 2012 em 261 milhões ,para 254 em set. E se tanto em 2008 como agora o consumo não baixou como estariam os estoques? Fiz uns cálculos e poderiam estar com um piso de 22 mi,ou menos de 10% do consumo.E aí.....

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