Soja reverte altas e fecha primeiro pregão do ano com forte queda

Publicado em 02/01/2013 17:29 e atualizado em 02/01/2013 18:05
Nesta quarta-feira, 2 de janeiro, primeiro pregão de 2013, os futuros da soja encerraram os negócios com significativa baixa na Bolsa de Chicago. O mercado iniciou a sessão em alta, porém, recuou, pressionado por fatores técnicos. 

A expectativa para essa primeira sessão de ano era de que os preços retomassem as altas e recuperassem importante patamares. As cotações, como explicaram os analistas, encontravam suporte na boa demanda presente no mercado, no dólar mais fraco e na aprovação de um projeto de lei para evitar o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos. 

As normas aprovadas aumentam os impostos para indivíduos e famílias com renda anual superior a US$ 400 mil e US$ 450 mil, respectivamente. Os benefícios fiscais para as demais faixas de renda que estavam em vigor no final do último ano foram mantidos. Além disso, a nova legislação adia ainda a introdução de cortes automáticos nas despesas do governo norte-americano em dois meses. 

Porém, essa nova lei não foi suficiente para evitar uma baixa das cotações. Outro fator que pesou sobre os negócios desta quarta foi o bom desempenho das lavouras de soja na América do Sul. As boas estimativas para a colheita sulamericana levou os preços ao menor patamar em seis semanas, informou a agência de notícias Bloomberg. De acordo com estimativas do instituto World Weather, as chuvas esperadas para as próximas duas semanas no Brasil podem impulsionar o potencial produtivo das plantações e, na Argentina, o clima mais seco pode contribuir para que os produtores finalizem o plantio da soja. 

"As estimativas para a safra da América do Sul continuam elevadas, 55 milhões de toneladas para a Argentina, 81 milhões de toneladas para o Brasil. Como a colheita também já começou no Mato Grosso, por exemplo, isso tem sido um fator de resistência para novas altas em Chicago", explica Vinícius Ito, analista de mercado da Jefferies Corretora, de Nova York. 

Entretanto, para Ito, os preços ainda encontram alguma sustentação e, para 2013, uma das palavras de ordem para o mercado será a demanda. "Nós continuamos com um bom apetite da China e isso é crucial para a manutenção dos preços historicamente elevados. Mas, também, o nível de oferta nos EUA também vai pesar. Temos a perspectiva de um ligeiro aumento na oferta norte-americana já reportada no próximo dia 11, no novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e isso poderá dar uma boa estabilizada para os preços este ano", disse o analista. 

Nesta quarta-feira, o milho também fechou o dia em território negativo. O mercado, segundo analistas, ainda sofre com a baixa demanda pelo grão norte-americano. O trigo seguiu pelo mesmo caminho negativo, liderou as perdas na Bolsa de Chicago, e também pressionaram os negócios tanto no milho como na soja. 

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta quarta-feira:



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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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