Soja: Mercado tem dia de realização de lucros e sessão volátil na CBOT

Publicado em 17/01/2013 13:47
Após iniciar a sessão de quinta-feira (17) com pequenos recuos na Bolsa de Chicago, os futuros da soja voltaram a subir e trabalham do lado positivo da tabela. Por volta da 14h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa registravam altas de pouco mais de 2 pontos. Porém, em seguida, os preços voltaram a cair, pressionado por um movimento de realização de lucros já registrado na manhã de hoje. Às 14h50, os contratos mais negociados perdiam mais de 7 pontos na CBOT. 

Nas últimas sessões desta semana, a soja exibiu uma significativa valorização ao focar-se, novamente, no cenário fundamental de oferta e demanda, que ainda se mostra preocupantemente ajustado. O analista da Safras & Mercado, Flávio França, afirma que a recente valorização das cotações em Chicago tem uma natureza, principalmente, ligada a demanda pela soja norte-americana. Segundo ele, essa é a peça fundamental para a recuperação dos preços. 

“Os estoques continuam sendo reduzidos, são muitas embarcações, muito consumo interno. Hoje (17),  o novo relatório semanal de exportações ficou acima do esperado pelo mercado. E o mercado ainda não encontrou um nível de racionamento do consumo”, afirma o analista.Com isso, a demanda aumenta e os preços se mantêm em alta, conforme diz França. 

Além disso, o mercado tem encontrado suporte na especulação em relação ao clima na América do Sul. “Existem problemas pontuais em relação ao clima, como o excesso de chuvas em algumas regiões produtoras, o que atrapalha a colheita, mas não é nada alarmante. E no Rio Grande do Sul e na Argentina o padrão climático mais seco. Porém, essas são variáveis que pressionam para cima na CBOT”, relata França. 

Ainda não há perdas confirmadas na produção sulamericana que possam caracterizar uma quebra na temporada, conforme acredita o analista. Por outro lado, a partir do mês de fevereiro, com o avanço na colheita e a soja entrando no mercado, possivelmente, a demanda que se mantém nos EUA pode ser transferida, naturalmente, para a América do Sul.
 
“Consequentemente, o mercado perderia sustentação. Temos, a curto prazo, o mercado especulando com o clima e uma tendência de que a longo prazo o mercado possa perder suporte frente à colheita e ao redirecionamento da demanda para o hemisfério sul”, diz.
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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