Argentina deverá ter mais uma semana de tempo quente e seco

Publicado em 28/01/2013 14:58 e atualizado em 28/01/2013 17:12
O clima na Argentina contrariou algumas previsões dos últimos dias e se manteve seco na Argentina durante o final de semana. Segundo informações do instituto meteorológico Meteorlogix, as temperaturas variaram entre 22 e 34 graus e, para as próximas 24 horas, o que se espera é aconteça uma manutenção desse clima seco com temperaturas ainda mais altas. 

Para quarta-feira (30), a previsão também é de clima seco ou com chuvas bastante esparsas. Porém, a partir de quinta-feira (31), chuvas de pequenos volumes poderão ser registradas. A tendência para as temperaturas, porém, é de que continuem altas e acima do normal para o período em questão. 

O clima adverso continua, portanto, castigando as lavouras de soja no país e, segundo uma equipe da Famato (Federação da Agricultura de Pecuária do Mato Grosso) e do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) que está visitando os campos argentinos, a área de produção ainda é incerta. 

As primeiras estimativas é de que fossem destinados 20 milhões de hectares para a oleaginosa, entretanto, por conta das chuvas excessivas - as quais causaram alagamentos - no início do plantio da safra 2012/13, esse espaço pode ser reduzido. 

Abaixo, acompanhe mais detalhes da visita dos representantes do Imea e da Famato à Argentina.

Área de produção de soja na Argentina ainda é incerta

Famato

O real tamanho da área cultivada com soja na safra 2012/2013 na Argentina ainda é incerta. As primeiras estimativas apontavam que o plantio da oleaginosa poderia alcançar cerca de 20 milhões de hectares, porém com as fortes chuvas e alagamentos ocorridos no segundo semestre de 2012, exatamente no momento ideal para o plantio, o cenário foi alterado.

A situação foi constatada pela equipe da Conexão Argentina, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que na última semana percorreram as principais áreas produtoras de soja da Argentina.

Não bastassem as inundações, somente na região de Marcos Juarez, na província de Córdoba, onde a área plantada de soja corresponde a 1,5 milhão de hectares, estima-se que 80 mil hectares foram atingidos pela chuva de granizo de dezembro de 2012.

Segundo o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, só agora os produtores puderam terminar o plantio e muitos acabaram optando por plantar milho em vez de soja. "O que vimos na região de Marcos Juarez foram muitos campos ainda alagados ou com soja tardia, que foi replantada nas áreas inundadas. Alguns produtores optaram por plantar milho nas áreas onde a soja foi destruída e outros campos simplesmente ficaram sem plantio", comenta Godoi.

Boa parte dos analistas ouvidos pela equipe da Conexão acreditam que a área que realmente será colhida não deve ultrapassar 19 milhões de hectares.

O gestor do Imea, Daniel Latorraca, explica que "somente na colheita, que deve começar em meados de março, será possível confirmar qual o tamanho da área".

Mercado - Na quinta-feira (24.01), a Bolsa de Chicago continuou a operar em queda, influenciada pela previsão de chuvas para importantes regiões produtoras de soja na Argentina, como o norte da província de Buenos Aires e a província de Córdoba.

Conexão Argentina - Entre os dias 21 e 26 de janeiro, a Famato e o Imea realizam a Conexão Argentina. O objetivo da viagem é conhecer de perto a safra de soja do país, que pode influenciar os rumos do mercado internacional do grão.

Participam da missão o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, e o gestor do Imea, Daniel Latorraca. A equipe visita quatro das principais províncias produtoras de soja da Argentina: Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios, que representam mais de 80% da produção argentina.

Acompanhe a Conexão Argentina pelo Blog do Sistema Famato, no endereço https://blogdafamato.wordpress.com/ no site www.sistemafamato.org.br e pelas redes sociais.
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas + Famato

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