Chicago: Soja busca consolidação e opera em campo misto

Publicado em 15/03/2013 12:09
Após quatro dias registrando expressivas baixas, o mercado da soja parece testar uma recuperação na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (15). Entretanto, os preços que já chegaram a subir mais de 6 pontos na manhã de hoje, por volta das 11h30 (horário de Brasília), já transitavam pelo lado negativo da tabela, mas bem próximos da estabilidade. O vencimento maio/13, referência para a safra brasileira, valia US$ 14,35, perdendo 0,50 ponto, e o julho/13 era cotado a US$ 14,16, com alta de 0,75 ponto. 

O ligeiro avanço registrado pela soja nesta sexta-feira (15), segundo o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, se deu pela influência positiva de uma boa alta do óleo de palma na bolsa da Malásia e também pelo suporte encontrado pelas recentes quedas dos preços em Chicago. 

"Essas quedas de Chicago que foram vistas recentemente tiveram a influência, além da entrada da safra sulamericana, da diminuição das margens de esmagamento na China. Isso fez com que algumas indústrias chinesas que já tinham comprado soja vendessem alguns navios aqui no Brasil, forçando essa queda, repercutindo também em prêmios mais negativos nesse momento", explicou o analista. De acordo com Araújo, nesta quinta-feira (14) foram reportadas 5 mil toneladas com prêmio negativo de 12 cents por bushel. 

A expectativa, para Araújo, portanto, é de que em Chicago o mercado deverá se manter sustentado, com um viés de alta apesar dessa pressão da entrada da safra da América do Sul, já que o mercado reflete a realidade local dos baixos estoques norte-americanos e uma demanda mundial por soja ainda bastante firme. 

Ao mesmo tempo, no mercado interno brasileiro, a tendência é de que os preços sintam essa pressão negativa da chegada da nova safra, bem como de prêmios menores para a soja diante do caos logístico brasileiro que compromete o escoamento da produção. 

"Temos aqui uma safra cheia, bem maior que a do ano passado, temos um agravante que se dá com os preços ruins do biodiesel, o que faz com que muitas empresas nem mesmo produzam esse combustível, então isso diminui a demanda interna, aumenta a oferta do grão e com isso os prêmios devem ficar mais negativos na minha opinião", finaliza o analista. 
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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