Soja na Semana: Preços sobem no Brasil acompanhando Chicago
Os preços da soja apresentaram consistente valorização no mercado brasileiro ao longo da semana. Em consequência, a movimentação melhorou nas principais praças, mas ainda envolvendo pequenos volumes e praticamente restrita ao disponível. A combinação de alta em Chicago e de elevação do dólar comercial garantiu a alta nos referenciais domésticos.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 58,50 no dia 9 de maio para R$ 60,50 no dia 16. Em Cascavel (PR), o preço avançou de R$ 55,50 para R$ 57,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação passou de R$ 50,50 para R$ 53,00. Em Dourados (MS), o preço saiu de R$ 51,50 para R$ 52,50, enquanto em Rio Verde (GO), a cotações subiu de R$ 53,00 para R$ 55,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos da soja em grão com vencimento em julho apresentaram valorização de 1,35% no período, passando de US$ 14,08 para US$ 14,27 por bushel. O dólar comercial subiu 0,6%, fechando a quinta-feira (16) a R$ 2,028.
No mercado internacional da soja, a falta de produto nos Estados Unidos tem provocado alta acentuada no mercado físico, com prêmios recordes sobre as cotações futuras. Os contratos com vencimentos mais próximos acompanham este movimento, que é intensificado pelo sentimento de que ainda há demanda pelo produto americano, mesmo com a entrada de soja do Brasil e da Argentina no mercado.
Em relação aos contratos com vencimentos mais distantes, referentes a produto da nova safra, as incertezas em relação ao plantio, que segue atrasado nos principais estados americanos, ajudaram a sustentar os patamares. Inicialmente, o mercado trabalha com uma supersafra americana, mas há dúvidas quanto ao efeito deste atraso na produtividade e há, principalmente, o temos que de o período de aperto na oferta se estenda, caso a colheita também seja adiada.
USDA
O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe as primeiras projeções para a safra 2013/14 de soja. Segundo o USDA, os sojicultores norte-americanos irão produzir 3,390 bilhões de bushels do grão (92,26 milhões de toneladas), ante os 3,015 bilhões de bushels (82,06 milhões de toneladas) projetados para 2012/13. A produtividade da safra 2013/14 está estimada em 44,5 bushels por acre, contra os 39,6 bushels por hectare previstos para 2012/13.
O USDA aponta que os estoques finais de soja no país somarão 265 milhões de bushels em 2013/14, na comparação com os 125 milhões de bushels da safra precedente. A estimativa de esmagamento é de 1,695 bilhão de bushels para 2013/14, contra 1,635 bilhão de bushels em 2012/13. A projeção de exportação é de 1,450 bilhão de bushels para a temporada 2013/14, contra 1,35 bilhão de bushels em 2012/13.
Analistas consultados por agências internacionais esperavam que o novo número para o carryover dos Estados Unidos de 2012/13 ficasse em 124 milhões de bushels, um pouco abaixo do número apresentado. Para 2013/14, o mercado apostava em número próximo a 240 milhões de bushels para os estoques finais, também abaixo da estimativa divulgada.
A produção mundial de soja 2013/14 está estimada em 285,50 milhões de toneladas, contra 268,11 milhões de toneladas em 2012/13. Os estoques mundiais finais de soja devem crescer de 62,46 milhões de toneladas em 2012/13 para 74,96 milhões de toneladas. O USDA estima uma produção brasileira de 85 milhões de toneladas em 2013/14 (contra 83,5 mi t em 2012/13) e argentina de 54,5 milhões de toneladas (ante 51,00 mi t em 2012/13).
A safra americana tem estimativa de produção de 92,26 milhões de toneladas para 2013/14, ante 82,06 milhões de toneladas em 2012/13. A China tem produção estimada de 12,00 milhões de toneladas para 2013/14 e deverá importar 69 milhões de toneladas nessa temporada.
Para os estoques mundiais de soja, a previsão do mercado era de um número de 62,3 milhões de toneladas para 2012/13. Para 2013/14, o sentimento inicial do mercado era de estoques crescendo para 70,5 milhões de toneladas.
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