CBOT: Grãos encerram em queda com clima favorável nos EUA
A soja encerrou o pregão desta quinta-feira (30) na Bolsa de Chicago em campo misto, após trabalhar todo o dia no lado negativo da tabela. O contrato julho recuou 6 pontos, fechando a US$ 14,95/bushel, enquanto o vencimento setembro fechou com alta de 2,75 pontos, negociado a US$ 13,34/bushel.
De acordo com Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, a sessão foi de poucas novidades, com o mercado operando em cima dos mapas climáticos que já apontam para os EUA um período entre 6 e 15 dias favorável para o avanço do plantio, principalmente do milho. No entanto, de acordo com o analista, da safra de milho norte-americana, uma parte da área não será plantada ou será transferida para a soja, devido ao atraso na semeadura.
Boatos de cancelamentos de compras da China na América do Sul também exerceram pressão sobre os futuros. Ontem (29) o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou o cancelamento de uma venda de 147 mil toneladas soja da safra velha para a China. Segundo Vinicius Ito, analista de mercado da Jefferies, a China pode estar trocando soja da safra velha para a safra nova.
Para Ito, as altas nas cotações da soja registradas em maio trouxeram os produtores norte-americanos para as vendas da safra nova e velha, reduzindo o prêmio da soja e limitando altas ou até mesmo causando realização de lucros no mercado futuro.
As notícias negativas do mercado financeiro, como uma possível redução no Produto Interno Bruto (PIB) chinês e o enfraquecimento da economia da União Européia, não influenciaram as quedas da sessão, pois segundo Dejneka, o mercado agora observa os mapas climáticos e a definição do plantio estadunidense. “Também existe a possibilidade de que as chuvas deste final de semana não sejam tão pesadas quanto o esperado, mas para isso, teremos que aguardar até o domingo à noite para conferir”, avalia Dejneka.
Contratos
A rolagem dos contratos (dos meses mais curtos para os mais longos) deve perder força na próxima semana. “Vendem julho e compram novembro para carregar suas posições de compra, já que julho está se aproximando do período de entregas de contrato”, explica. Dejneka afirma que o movimento desta semana pode não ser influenciado só pelo clima, mas também por players que antecipam tal rolagem dos contratos.
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