Mau humor do financeiro e forte alta do dólar pressionam grãos

Publicado em 20/06/2013 11:39 e atualizado em 20/06/2013 14:21

Nesta quinta-feira (20), os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago operam com expressiva queda. O mercado passa por uma realização de lucros depois das expressivas baixas registradas ontem e reflete também o mau humor do mercado financeiro, com uma queda generalizada de commodities e outros ativos de risco e uma forte alta do dólar. 

No mercado da soja, por volta das 14h15 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados perdiam entre 18,25 e 25 pontos pontos, com as perdas mais intensas registradas nos vencimentos mais distantes. O contrato março/14 já perdia, novamente, o patamar dos US$ 13 por bushel. O julho, vencimento mais negociado nesse momento, valia 15,04/bu, perdendo 18,75 pontos. 

Para o milho, no mesmo momento, as principais posições recuavam entre 5,75  e 10 pontos. O vencimento setembro/13 valia US$ 6, com baixa de 9,75 pontos. Já no mercado do trigo, porém,  as posições vinham amenizando as perdas, que estavam em pouco mais de 4 pontos nos principais contratos. 

O nervosismo do mercado financeiro tem sido motivado, principalmente, pelo anúncio do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que os estímulos à economia dos Estados Unidos podem começar a ser retirados, aos poucos, com o programa podendo terminar em meados de 2014. 

Com isso, segundo explicou André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos à Folha, o mercado se assustou com a proximidade desse corte, aumentando a aversão ao risco por parte dos investidores. 

Assim, os mesmos se direcionaram à ativos menos arriscados, como o dólar, por exemplo, provocando essa forte alta da moeda norte-americana. Perto das 11h35 (horário de Brasília), o dólar avançava 2,28%, a R$ 2,2711 para a venda, de acordo com informações do G1 Economia.

Nesse quadro, as principais bolsas de valores mundiais registram um dia de queda, bem como a Bovespa, ativos de risco e também as principais commodities, com reflexo bastante expressivo nas agrícolas. 

Além dos grãos negociados na Bolsa de Chicago, as soft commodities também operavam do lado negativo da tabela na Bolsa de Nova York. O café era quem trabalhava com as perdas mais intensas e os futuros do arábica chegaram a registrar os menores patamares desde setembro de 2009. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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