Soja: Com suporte nos fundamentos, mercado fecha o dia em alta
A soja fechou a terça-feira (25) em alta na Bolsa de Chicago. O mercado se manteve durante toda a sessão do lado positivo da tabela, e o vencimento julho/13, o mais negociado nesse momento, encerrou valendo US$ 15,25, com alta de 13,25 pontos, e as demais posições subiram entre 2,25 e 8 pontos. O mercado interno norte-americano acompanha essas altas e, segundo analistas, os preços registrados no físico são os maiores já registrados para esse período do ano.
A sustentação para os preços no curto prazo ainda são resultado do quadro muito ajustado entre oferta e demanda nos Estados Unidos. Há uma escassez severa de produto, com quase nenhum volume a ser comercializado, e, ao mesmo tempo, com uma demanda ainda muito aquecida pela oleaginosa norte-americana.
Esse é um cenário atípico no mercado, uma vez que, tradicionalmente, nessa época, a demanda deveria estar se abastecendo na América do Sul. E além dos importadores buscando por soja, há ainda a demanda interna, com as esmagadoras locais também em busca de matéria-prima.
Paralelamente, o mercado no médio e longo prazo se foca na safra 2013/14 dos EUA. As estimativas do mercado é de um ciclo cheio, mesmo depois de um significativo atraso no plantio. Depois da semeadura, que apesar de uma boa evolução nas últimas semanas ainda está atrasado em relação à média dos últimos anos, as condições de clima se mostram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e devem se manter assim até meados de julho.
Para o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, caso essa safra cheia se confirme nos Estados Unidos, o mercado da soja em Chicago deverá sentir o impacto de uma pressão negativa. "Se o clima ajudar, a pressão nos preços em Chicago será fortíssima. Haverá um aumento de produção de soja muito grande no mundo, e apesar do USDA estimar um aumento de 10 milhões de toneladas nas importações da China, o número dos estoques nos EUA irão praticamente dobrar, e o mercado vai observar esse número dos estoques", disse.
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CARLOS EDUARDO B CARDOZO Sidrolândia - MS
Se tudo for bem os preços devem cair, mas se der alguma quebra na soja... Aguenta a disparada hein.