Grãos sobem em Chicago na manhã desta terça-feira com fundamentos positivos
Na manhã desta terça-feira (9), os grãos operam em alta na Bolsa de Chicago e a soja registra mais uma sessão de expressivas altas, principalmente para os vencimentos mais distantes. Por volta das 8h20 (horário de Brasília), os vencimentos mais distantes subiam quase 20 pontos.
No milho e no trigo, as altas eram mais amenas e variavam de 4 a 6 pontos nos contratos mais negociados de ambas as culturas.
Segundo analistas, o mercado reflete, novamente, o cenário positivo dos fundamentos de oferta e demanda, principalmente com a escassez de soja nos Estados Unidos e as incertezas climáticas e seus impactos para a nova safra dos Estados Unidos.
Veja como o mercado fechou nesta segunda-feira (8):
Soja fecha com forte alta diante de demanda firme e clima adverso
Os futuros da soja fecharam a sessão desta segunda-feira (8) com altas de mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago. Segundo analistas, os preços chegaram a atingir os melhores preços em 10 meses diante de estoques muito apertados nos Estados Unidos, da demanda aquecida e do impacto que as adversidades climáticas terão sobre o resultado final da nova safra norte-americana.
Boas altas, de mais de 7 pontos, também foram registradas para o milho. O trigo, por outro lado, devolvia parte das altas e subiam pouco mais de 4 pontos nas posições mais negociadas, mas ainda assim fechou do lado positivo da tabela.
Segundo João Schaffer, analista de mercado da Agrinvest, parte dessas altas de hoje refletiram uma recuperação depois das recentes baixas registradas na CBOT pelo mercado. Além disso, o clima também influencia o andamento dos preços. Algumas chuvas que foram registradas no final de semana poderiam atrasar o plantio da soja que acontece depois da colheita do trigo, o que também estimula o avanço das cotações.
Porém, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza seu relatório de acompanhamento de safra e o mercado acredita que, tanto para soja quanto para o milho, os números de lavouras em boas ou excelentes condições deve ser entre 1 e 2% maiores.
Algumas previsões, no entanto, indicam tempo seco e com temperaturas amenas, o que poderia prejudicar o desenvolvimento das plantações.
A demanda pela safra nova dos Estados Unidos também já dá sinais de aquecimento e completa o cenário positivo para o mercado internacional nesta segunda-feira. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 120 mil toneladas de soja para a China a mais 135 mil para destinos não revelados com entrega para a temporada 2013/14.
O departamento norte-americano reportou a venda ainda de 120 mil toneladas de milho da safra nova para o México e mais 840 mil toneladas de trigo para a China. A nação asiática é como uma nova demanda para o trigo e esse tem sido, nos últimos dias, o principal fator de sustentação para os preços dos grãos.
Para Schaffer, mercado sente ainda uma influência positiva do mercado financeiro com as últimas boas notícias vindas sobre os números de criação de emprego dos Estados Unidos. "Os números vieram acima do que o mercado estava esperando e esse é um dado que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) observa para a redução ou continuação do estímulo monetário. E na quarta-feira há um pronunciamento do Ben Bernanke (presidente do Fed) e até lá pode haver uma volatilidade para o dólar durante essa semana", diz.
Mercado Interno - No mercado interno brasileiro, os preços do milho começaram a semanas mais pressionados, com uma estabilidade do clima em importantes estados produtores como o Mato Grosso do Sul e Paraná. As condições climáticas mais favoráveis criaram boas janelas para a continuidade da colheita da safrinha e a entrada do produto acaba pressionando as cotações. "Com uma oferta maior do milho disponível, os preços na BM&F também são pressionados", explica Schaffer.
Para a soja, segundo o analista, os negócios seguem acontecendo em um ritmo lento, com os produtores à espera de mais informações, nesse momento, principalmente, sobre definições a respeito da nova safra dos EUA. Além disso, esperam também por preços melhores, já que a demanda segue muito aquecida e o volume de soja disponível é menor a cada dia nos Estados Unidos e os compradores deverão se voltar novamente para a América do Sul.
"As previsões climáticas que nós temos são de temperaturas boas e chuvas dentro da normalidade, mas isso pode mudar e o produtor segue esperando esse momento de definição de risco climático para se posicionar", afirma o analista.
No Porto de Rio Grande, a soja é negociada a R$ 73,00 por saca e o milho, R$ 26,00. Já em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, a soja vale R$ 60,00, contra R$ 60,50 da semana passada, e o milho recuou de R$ 19 para R$ 18,80. Em Cascavel, no Paraná, a saca da soja foi cotada a R$ 60,00, em Não-Me-Toque/RS a R$ 63,50 e em Tangará da Serra/MT a R$ 55,00.
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