Grãos focam USDA e clima nos EUA e fecham o dia em alta na CBOT

Publicado em 11/07/2013 16:54 e atualizado em 11/07/2013 18:04

Na sessão desta quinta-feira (11), os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago encerraram os negócios do lado positivo da tabela. O mercado absorveu os números do USDA, que trouxeram números sem alterações muito expressivas, e conseguiram manter-se em alta. 

Logo após a divulgação do reporte deste mês, o mercado atuou com expressiva volatilidade, dividindo suas atenções entre os novos números, os fundamentos ainda positivos de oferta e demanda para o curto prazo e as expectativas de um possível impacto negativo de condições climáticas adversas nas lavouras norte-americanas. Esse cenário, portanto, acabou contribuindo para o suporte das cotações. 

Soja - Na soja, os vencimentos mais negociados nesse momento subiram entre 3,50 e 9 pontos. O contrato agosto fechou a sessão valendo US$ 14,72 por bushel, com alta de 7,25 pontos.  

Sobre a safra 2012/13, o USDA alterou alguns poucos números, como a produção mundial, que passou de 267,61 milhões de toneladas para 268,02 milhões e os estoques finais globais de 61,21 milhões para 61,52 milhões de toneladas. 

No entanto, nas projeções para a nova temporada, as mudanças foram mais expressivas. As estimativas para os estoques finais da oleaginosa nos EUA foram significativamente elevadas - passando de 7,21 para 8,03 milhões de toneladas - e a produção aumentou de 92,26 milhões de toneladas para 93,08 milhões de toneladas. 

A produção mundial de soja para a safra 2013/14 também registrou um ligeiro aumento, subindo de 285,3 milhões para 285,89 milhões de toneladas. Os estoques também aumentaram, para 74,12 milhões de toneladas, contra 73,69 milhões de toneladas estimadas em junho. 

Os números não trouxeram oscilações muito expressivas em relação ao boletim anterior, assim, favoreceu a permanência dos preços da soja no campo positivo, com suporte ainda na falta de produto nos Estados Unidos e na demanda que segue extremamente aquecida. 

Essa falta de soja disponível nos EUA e a demanda ainda muito aquecida pelo produto tem estimulado não só alta dos preços em Chicago, como também dos prêmios pagos pela oleaginosa no país. Os valores são recordes - cerca de US$ 1,80 - e já fazem o bushel de soja no vencimento julho superarem os US$ 18, valor historicamente alto para o mercado.

Milho - No caso do milho, o mercado fechou em alta refletindo os números trazidos pelo USDA nesta quinta-feira. O departamento norte-americano reduziu suas estimativas para os estoques finais do cereal na safra 2012/13 dos EUA, além de trazer uma projeção menor para a produção da temporada 2013/14 do país. 

Para a safra 2012/13, o USDA trouxe ainda uma redução da safra global, bem como estoques finais mundiais menores também, outros números que serviram de combustível para o avanço dos preços nesta quinta. O mesmo aconteceu com os números da safra nova. 

Trigo - O trigo seguiu o movimento positivo dos demais mercados, também se focou no relatório de oferta e demanda do USDA, com a redução dos estoques norte-americanos das safras nova e velha. Além disso, as estimativas para as exportações também aumentaram e estimularam a alta das cotações.  

Clima nos EUA - Apesar dos números do USDA exercerem algum impacto no mercado, o principal vetor para o comportamento dos preços tem sido, segundo analistas, o comportamento do clima no Meio-Oeste americano. 

As próximas duas semanas deverão se dias mais quentes e secos no sudoeste do Cinturão de Produção dos EUA e essas condições poderiam causar prejuízos ao desenvolvimento das lavouras de soja e milho do país. 

De acordo com um meteorologista ouvido pela agência internacional Reuters, as temperaturas deverão subir, pouca ou nenhuma chuva será registrada, com a possibilidade um aumento de estresse hídrico cada vez mais iminente. 

No link abaixo, confira a íntegra da notícia com os números trazidos pelo USDA nesta quinta-feira:

>> USDA mantém estoques de soja reduz os de milho da safra velha dos EUA

Veja ainda as cotações dos grãos no fechamento:

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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