Grãos: Mercado busca estabilidade e opera com leve alta na CBOT

Publicado em 07/08/2013 07:56 e atualizado em 07/08/2013 08:38

Na manhã desta quarta-feira (7), por volta das 8h20 (horário de Brasília), os futuros da soja e do milho negociados na Bolsa de Chicago operavam com ligeiras altas. Os ganhos eram de pouco mais de 2 pontos e reflete mais uma tentativa do mercado de se recuperar depois das fortes baixas dos últimos dias. O mercado do trigo também registra pequenos ganhos. 

As condições climáticas favoráveis dos Estados Unidos e a movimentação dos fundos continuam pressionando o mercado. Porém, a falta de novidades faz com que os negócios caminhem de lado, com as cotações exibindo movimentações pouco expressivas. 

Além disso, os investidores buscam também um bom posicionamento antes da divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim sai na próxima segunda-feira, 12 de agosto, e o que os analistas esperam são números confirmando uma boa e grande safra vinda dos Estados Unidos na temporada 2013/14. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (6):

Soja fecha mais um dia em queda com pressão do clima nos EUA

A soja fechou o pregão regular desta terça-feira com significativa queda na Bolsa de Chicago. Os vencimentos mais distantes perderam mais de 14 pontos e o contrato de referência para a safra americana, novembro/13, fechou o dia valendo US$ 11,67/bushel, com baixa de 16 pontos. 

O mercado internacional da soja segue pressionado pelas boas expectativas para a nova safra de grãos dos Estados Unidos em função das condições climáticas favoráveis. Segundo as últimas previsões, o mês de agosto deverá continuar traçando um bom cenário de clima para as plantações e não há sinais de qualquer ameaça climática. 

Assim, segundo analistas, o mercado não encontra forças ou motivos para sustentar uma recuperações nas próximas semanas e a tendência de baixas para os preços se mantém. Diante disso, os fundos de investimento continuam liquidando suas posições e contribuindo para o recuo das cotações. 

Outro fator que impede uma reação mais expressiva do mercado é a espera pelo novo relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga na próxima segunda-feira, dia 12. 

"O mercado anda bem sem novidades, não há uma ameaça climática, a previsão é boa para os próximos 15 dias e o mercado digere bem essas notícias boas. (...) O mercado vem em uma trajetória de queda nos últimos dias e em compasso de espera pelo relatório do USDA", diz Flávio Oliveira, analista de mercado da McDonald&Pelz Corretora. 

Para o boletim do departamento norte-americano, o que se espera, de acordo com Oliveira, são números de uma safra grande de milho, principalmente, e altos índices de produtividade tanto para o cereal quanto para a soja. 

Para Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge, de Nova York, a pressão do mercado deve continuar e, com isso, o produtor brasileiro deveria aproveitar o bom momento do dólar e alguns repiques de alta que a soja possa registrar para vender parte de sua produção e garantir alguns bons preços. 

“Os compradores, vendo essas condições climáticas e a expectativa de safra cheia nos EUA, não compram e continuam esperando o mercado cair mais. Nesse momento não estão acontecendo muitas vendas e também não há compradores procurando soja. O produtor brasileiro também não está vendendo e nos EUA a única venda desta terça-feira (6) foi 110 mil toneladas para a China, mas o movimento para a safra nova está bem devagar e isso deixa o mercado mais leve ainda, com a tendência de ceder mais um pouco”, afirma D'Ávilla.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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