Soja realiza lucros nesta 6ª feira, após semana positiva na CBOT
Na sessaõ desta sexta-feira, a soja fechou o último pregão da semana do lado negativo da tabela. O mercado passou por uma sessão volátil, chegou a subir mais cedo, no entanto, voltou a recuar frente a um movimento de realização de lucros. As perdas dos principais vencimentos ficaram entre 7,75 e 8,75 pontos.
Os preços da soja registraram boas altas nesta semana após a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que reduziu as estimativas do órgão para produção, produtividade e estoques da nova safra norte-americana.
Ao mesmo tempo, as últimas previsões indicavam para o Corn Belt um clima mais quente e seco, no mês determinante para a cultura da soja no país. Há ainda a possibilidade de que as lavouras, não só de soja, mas também de milho, pudessem ser atingidas por geadas precoces, o poderia comprometer sua produtividade. Caso essa previsão de confirme, as perdas poderiam chegar a 20% na soja, conforme explicou Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest.
“Com certeza isso seria bombástico para o mercado. A redução na produtividade deixaria os estoques norte-americanos apertados ou até menores do que temos nessa temporada. Uma situação semelhante ao que aconteceu em 2009, quando vimos campos de soja embaixo de neve”, afirma.
Frente a esse cenário, só o contrato novembro/13, referência para a safra norte-americana, acumulou uma alta de 9% e, segundo analistas, esses últimos números do USDA aliados à possibilidade de adversidades climáticas nos Estados Unidos mudaram o atual contexto para os preços da soja no mercado internacional.
"Nós estávamos com um mercado muito baixista em termos de fundamentos, gráficos e posições de fundos, e essas previsões contrariaram as expectativas da maioria dos investidores em um período em que é crucial para o desenvolvimento das lavouras de soja. (...) e isso fez com o que os fundos tivessem que correr para cobrir suas posições, fazendo com que esse rally dos preços fosse maior do que o esperado", disse.
Para Nicole, porém, é preciso muita atenção ao números do USDA, uma vez que foram utilizadas médias para se definir a produtividade estimada no último boletim, haja vista que foi analisado também os números do ano passado, em que o rendimento foi drasticamente reduzido por uma das piores secas do país.
O posicionamento dos fundos especuladores também contribuiu para essa alta durante a semana, uma vez que depois de ficarem vendidos por um bom tempo, principalmente em função do bom desenvolvimento do clima nos EUA, voltaram, essa semana, à ponta compradora do mercado.
Para Carlos Cogo, consultor da Consultoria Agroeconômica, caso esse cenário climático e de produção e estoques menores nos Estados Unidos se confirmar, o novo patamar dos preços é de cerca de US$ 12,50/bushel. "Esses novos números mudam o cenário e os negócios para a soja. (...) A produtividade não deve ser boa em várias regiões dos EUA", disse.
No link abaixo, veja a entrevista completa com o analista de mercado Carlos Cogo
>> Carlos Cogo - Mercado de Grãos
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta sexta-feira:
5 comentários
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Liones Severo Porto Alegre - RS
Produtores brasileiros venderam/fixaram/travaram cerca de 5 milhões de tons de soja esta semana. Isto corresponde a uma venda do mesmo volume em contratos futuros na Bolsa de Chicago. Certamente que isto ajudou na correção de hoje.
Liones Severo Porto Alegre - RS
Caro Salvador Reis Neto,- se me permite - dentre suas alegações existem muitos fatores ponderáveis, ou seja: 1) Desde meados de junho o dólar sinalizou que poderia alcançar 2,36; 2) Foi o momento de comprar os fertilizantes, muitos compraram; 3) Os estoques mundiais são e serão baixos por longo período 3) A economia chinesa nunca fraquejou, mas fraquejamos quando acreditamos nas mentiras; 4) Nem precisamos torcer que os americanos irem mal, basta tampar os ouvidos para as mentiras que contam. 5) Os demais imponderáveis são inerentes da atividade agrícola, a de maior risco entre todas as demais; 6) Agricultura brasileira tem um grande futuro, mas nossos produtores precisam distinguir o joio do trigo. abraços
salvador reis neto Santa Tereza do Oeste - PR
incrível como o produtor tem que torcer; torcer para que na hora de comprar os insumos o dólar esteja baixo assim termos preços acessíveis, torcer que chova na hora de plantar, e também durante todo o ciclo, que não tenha incidência de pragas ou doenças sem controle, torcer pra ter tempo bom na colheita, torcer que na hora da comercialização o preço seja bom e o dólar de preferencia esteja lá em cima e o estoques mundiais lá em baixo. também torcer para que os produtores americanos vão mau, torcer que o tempo não ajude na deles plantar, torcer para que tenha seca ou dias muito quentes ou frios, ou muita chuva, geada antecipada, se for neve antes da colheita ai sim e o máximo, e por fim torcer que a economia chinesa esteja a todo vapor pois isso indica que comprarão bastante e viram buscar mais e mais navios de soja, o produtor torce e se retorce e assim vai vivendo do jeito que da, mas não perde o otimismo e a vocação de produzir alimentos nem sempre ganhando dinheiro. e vamos em frente.
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Corrigindo, se repetirem a safra passada.
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Todos os agricultores que acompanharam as condições de plantio da soja e milho no EUA, sabiam que a combinação de, plantio atrasado e solo saturado, já seria motivo para safras menores.Agora, na formação de vagens e enchimento de grãos com temp baixas a mais de 15 dias,o ciclo pode se estender mais do que o normal, e o que já era uma possibilidade virou uma certeza, quem vai dessecar parte da soja vai ser o sr FROST. Sem contar que não estão bem de previsão de chuvas.Terão muita sorte se repetirão a safra passada.