Soja fecha a semana com mais de 40 pts de alta em Chicago
A previsão de mais semanas de tempo quente e seco no Cinturão de Grãos dos Estados Unidos estimulou os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago e o mercado fechou o último pregão da semana com altas de mais de 40 pontos nas principais posições. O vencimento novembro, referência para a safra norte-americana, terminou o dia valendo US$ 13,28 por bushel, subindo 41,25 pontos.
Os futuros do milho e do trigo também operaram durante toda a sessão do lado positivo da tabela e fecharam a semana com mais de 8 e 4 pontos de alta nos contratos mais negociados, respectivamente.
Os investidores estão com suas atenções completamente voltadas ao comportamento do clima no Corn Belt e, segundo o noticiário internacional, apesar das chuvas registradas nesta última quinta-feira (22), os próximos dias deverão voltar a sofrer com a falta de chuvas e temperaturas muito elevadas.
"Agora estamos no período mais crítico da safra americana (de soja), então uma semana sem chuva ou com poucas chuvas traz um nervosismo ao mercado, principalmente por conta do histórico de quebra que temos nos Estados Unidos. Assim, o que estamos vendo nessas últimas semanas é a volatilidade do mercado se baseando no clima, com os mapas mudando muito frequentemente", explicou o analista de mercado Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.
Dados inicias de um levantamento que está sendo feito pelo Crop Tour Pro Farmer aponta que as expectativas para as safras de soja estão bem abaixo nos da média dos últimos anos para os estados americanos de Iowa e Minnesota, por exemplo, em função dessas condições de clima mais adverso. Segundo informações vindas do tour, a saúde e a qualidade das plantas, incluindo o rendimento, ainda podem ser comprometidas caso o clima se mantenha seco.
"O mercado consolidou, em mais uma semana, a recuperação dos preços que foi iniciada na semana passada. O vencimento setembro está se mantendo próximo dos US$ 13 depois de ter operado a menos de US$ 12 há algumas semanas", afirma Monte.
A demanda muito forte também deverá ser um fator de suporte para os preços da soja no mercado internacional. Somente a China deverá comprar cerca de 69 milhões de toneladas da oleaginosa no ano safra 2013/14, cerca de 10 milhões a mais do que na temporada anterior.
A nação asiática já está efetuando suas compras e, segundo o analista da FCStone, os Estados Unidos já venderam cerca de 12% de todo o volume destinado à exportação em todo o ano agrícola. "A China está se antecipando nas compras e isso ajuda os preços a se consolidarem em patamares mais altos".
0 comentário
Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, esperando pelo USDA e do olho no clima da AMS
Manejo do nematoide da haste verde afeta 6 milhões de hectares da soja
Veranico de cerca de 20 dias em Goioerê (PR) atrapalha desenvolvimento da soja
Agural: Com plantio brasileiro em 95%, chuva leva alívio a áreas secas de soja do Sul
Soja: Grão opera estável em Chicago nesta 2ª, enquanto óleo sobe forte e farelo volta a recuar
Soja/Cepea: Dólar alto eleva liquidez no BR