Renda agrícola deve alcançar recorde de 120,6 bilhões em 2013, nos EUA
Colheitas recordes de milho e soja nos Estados Unidos devem reduzir a renda agrícola de 2013 em comparação à previsão anterior, devido às safras cheias que reduzem os preços, informou hoje o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Apesar de o departamento projetar uma renda menor para o setor agrícola em relação ao que foi previsto no início do ano, as previsões ainda são de safra mais alta que o recorde anterior de 118 bilhões de dólares, em 2011.
A previsão para renda agrícola é de 120,6 bilhões de dólares, isto é, 5,9% mais baixa que a previsão de 128,2 bilhões, feita em fevereiro. A nova projeção está 6% acima das estimativas revisadas de 113,8 bilhões para 2012, informou o USDA no relatório publicado em seu site.
As receitas da venda de gado irão crescer 2%, para 180,1 bilhões dólares, informou o USDA. “Depois de ajustar com a inflação, a renda agrícola de 2013 deverá ser a segunda maior desde 1973”, informou o Serviço de Pesquisa Econômica do USDA.
O departamento informou ainda que os preços de aluguel, mão-de-obra e insumos deverão ser os que terão maior alta entre todas as despesas agrícolas este ano. Eles ainda prevêem que as despesas sejam as mais altas já registradas, em dólares nominais e ajustados à inflação.
O seguro de safra para a seca do ano passado, que levou as produtividades do milho ao seu nível mais baixo desde 1995, também está apoiando os produtores. A renda proveniente da agricultura, que inclui seguros do governo, irá totalizar 36,9 bilhões de dólares, valor mais alto em relação aos 33,6 bilhões do ano passado e aos 35,4 bilhões estimados em fevereiro, informou o USDA.
Os subsídios agrícolas, excluindo o seguro de assistência, podem subir 4,7% para 11,1 bilhões de dólares, segundo o USDA. Isso pressupõe que os benefícios vão continuar para além de 30 de setembro, quando a atual conta agrícola expira. Tanto o Senado dos EUA e quanto a Câmara aprovaram projetos de lei que eliminariam cerca de 5 bilhões de dólares em subsídios anuais pagos diretamente aos agricultores, enquanto impulsionariam outros programas de apoio em menores quantidades.
As informações são da Bloomberg.