Ineficiência logística custa R$ 6,80 por saca de soja ao produtor do RS
Se o sistema de transporte e logística brasileiro fosse semelhante ao dos Estados Unidos, o sojicultor gaúcho ganharia R$ 6,80 mais por saco de soja produzido no noroeste gaúcho. A conclusão é de estudo da assessoria econômica do Sistema Farsul, com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será apresentado na Expointer. “Em uma propriedade que planta 100 hectares de soja em Cruz Alta, isso representa perda de R$ 40 mil por safra, em função da ineficiência logística”, explica Antônio da Luz, economista do Sistema Farsul.
O custo de transporte de uma tonelada de soja de uma fazenda no município gaúcho, até o porto de Xangai, na China, é de US$ 75,51, semelhante ao registrado no caso de uma fazenda em Davenport, no estado de Iowa, Estados Unidos (US$ 85,51). A diferença? Cruz Alta está a apenas 461 quilômetros de Rio Grande, enquanto a cidade norte-americana, a 2.149 quilômetros do porto local, o que representa um gasto muito maior por quilômetro rodado no caso brasileiro. “Quem paga o preço pela ineficiência logística, pela falta absoluta de infraestrutura adequada para transporte e armazenagem de nossa safra, é o produtor”, afirma o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto.
No caso do transporte da soja de Mato Grosso, a diferença de custos é ainda mais acentuada. Mesmo com uma distância menor até o porto na comparação com Iowa, o custo de transporte de uma tonelada de soja é praticamente o dobro do norte-americano. A opção por um sistema de transporte baseado principalmente em rodovias, com manutenção precária, e poucos investimentos públicos em ferrovias e hidrovias, são causas dessa diferença, aponta Sperotto.
A falta de infraestrutura no país e problemas de logística, juntamente com a alta carga tributária, minam a competitividade da agropecuária brasileira, atrasando o desenvolvimento econômico e social, acrescenta o dirigente.
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