Com foco na colheita dos EUA, soja recua em Chicago
Na sessão regular desta quinta-feira (26), os futuros da soja operam do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos da oleaginosa, por volta de 12h (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 6 pontos. A posição novembro/13 era cotada a US$ 13,15/bushel, e é referência para a nova safra dos EUA.
O mercado sente a pressão da evolução da colheita no Meio-Oeste americano e voltou a cair após duas sessões consecutivas de altas. "O mercado vem alternando um pouco de altas e baixas", diz Steve Cachia, da Cerealpar.
Para o analista, o recuo dos preços se dá também em função das boas condições climáticas nos EUA, as quais facilitam a entrada das máquinas no campo e a evolução dos trabalhos. Nas últimas semanas, com as chuvas, o processo acabou ficando comprometido, entretanto, a previsão é de dias mais secos daqui para frente.
A colheita está atrasada em relação ao ano passado e as projeções são de que a safra norte-americana seja menor do que as estimativas iniciais, porém, ainda assim as cotações sentem o peso da entrada do produto dessa nova temporada no mercado. "Isso é uma pressão sazonal da disponibilidade do produto novo no mercado", afirma Cachia.
No entanto, o analista alerta para o fato de que mesmo com essa influência negativa sobre os negócios, os preços têm recuado gradativamente, tentando se manter ainda no patamar dos US$ 13 por bushel. "Essa queda pode ser momentânea e logo o mais o mercado volta a focar o quadro de oferta e demanda, o qual, provavelmente, na safra 2013/14, será novamente muito apertado e podemos ver a soja como um líder entre as commodities agrícolas numa tentativa de alta", explica.
Aos poucos, o mercado começa também a dividir suas atenções entre a finalização da safra americana e o início da nova temporada na América do Sul. Há uma previsão de aumento de área e produção para o Brasil, bem como para a Argentina e isso também atua como fator negativo para a formação dos preços. "Coincidindo a colheita nos EUA e o inócio do plantio na América do Sul é mais uma razão dessa pressão sazonal, segurando uma tentativa de recuperação dos preços focada no apertado quadro de oferta e demanda", acredita o analista.
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