CBOT: Sem informações, soja fecha o dia próxima da estabilidade
Na sessão regular desta quinta-feira (10), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia em campo misto. O mercado tentou se manter próximo da estabilidade, registrando um movimento pouco expressivo, com ligeiras altas para os venicmentos mais próximos.
O mercado operou, mais uma vez, de forma técnica frente a ausência de informações oficiais sobre o andamento da safra americana por conta da paralisação do governo americano e, assim, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "Ninguém sabe o quanto já foi colhido, nem quanto está dando de produtividade, o mercado está muito desprovido de informações", explicou o analista de mercado João Birkhan, analista do SIM Consult.
Um dos boletins mais importantes do ano, o mensal de oferta e demanda de outubro, que seria divulgado nesta sexta-feira (11), não será reportado e, portanto, os negócios perdem esse referencial e apresentam um menor volume no mercado internacional. Dessa forma, os investidores ainda se mantêm na defensiva, atuando com números e notícias de consultorias privadas.
Porém, o mercado sente a pressão sazonal do avanço da colheita da nova nos Estados Unidos, mesmo que esta esteja atrasada em relação à média histórica e também em relação ao ano passado. Segundo Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado, os produtores norte-americanos, frente a um risco climático, dão preferência à soja e os trabalhos com o milho deverão ser concentrados no final deste mês e início de setembro.
As pequenas altas registradas neste pregão foram justificadas, segundo analistas, pelos sinais de uma possível solução para o impasse político nos Estados Unidos. Com uma menor aversão ao risco e a recente queda dos preços, os investidores voltam à ponta compradora do mercado e estimulam o movimento positivo.
"Um acordo entre o Congresso e o governo americano deverá fazer algum ajuste para o aumento do endividamento teto e proporciona uma retomada de lucros. Os fundos venderam commodities agrícolas e compraram produtos econômicos, agora estão revertendo esse processo", explicou Mario Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora.
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