Com demanda e chuva nos EUA, soja avança em Chicago nesta 4ª feira

Publicado em 16/10/2013 11:47

A volatilidade continua no mercado internacional de grãos. Nesta quarta-feira (16), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a subir, após encerrarem o pregão anterior do lado negativo da tabela. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 2,50 e 4 pontos, mas registravam ganhos mais expressivos um pouco mais cedo. O mercado, segundo analistas, encontra sustentação tanto no atraso da colheita dos Estados Unidos em função de condições adversas de clima, como na demanda aquecida pelo produto norte-americano. 

Informações da agência internacional Bloomberg mostram que, de acordo com o Serviço Nacional de Clima dos EUA, os estados de Kansas e Nebraska correm o risco de serem atingidos por geadas e, na última semana, as regiões oeste e norte do Meio-Oeste americano receberam mais de 25 mm de chuvas. Para essa semana, há mais algumas chuvas previstas, no entanto, a expectativa do mercado é de que a colheita já alcance o índice de 60% até o próximo domingo (20). 

No entanto, o mercado ainda segue sem as informações oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e, portanto, sem saber qual o real percentual de área colhido, bem como as condições das lavouras e os índices de produtividade, os quais têm registrado significativo contraste entre os principais estados produtores. 

Paralelamente, a demanda pelo produto norte-americano segue bastante aquecida, diante de estoques bastante ajustados nos Estados Unidos. Porém, rumores de que a China estaria de volta ao mercado e realizando boas compras também dão suporte às cotações no mercado internacional. 

"Esse aumento de área que está sendo projetado é uma verdade que estamos vendo nos campos, mas a realidade da safra é outra. Temos quatro meses de clima pela frente que ninguém sabe ao certo como será. E a demanda chinesa está acelerada, eles estão comprando muito, nesses últimos dias aproveitaram que o USDA está fechado e não está divulgando informações e compraram muita soja sem fazer alarde. Somente na última semana, os EUA venderam 1,2 milhão de toneladas e a maior parte foi para a China", explica Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Se dedicarem a mesma importância para o desenvolvimento da safra sul-americana, como o fazem com a safra norte-americana, vamos sacudir o mundo com os preços das commodities agrícolas até o final de março de 2014. Isto nunca foi verdadeiro porque os norte-americanos, ao contrário de nós, estão pouco se lixando para o que acontece deste lado do mundo. A desfaçatez com que tratam esses assuntos deve prevalecer, isto é, tudo será considerado como além do normal com uma safra pujante capaz de levar os preços para o buraco. Se fizermos uma avaliação de suas análises de muitos anos, vamos concluir que nunca acertaram ou, não quiseram acertar sobre os impactos da safra sul-americana sobre o mercado de soja mundial. Nossa importância se tornou ainda maior com a América do Sul responsável por cerca de 55% da produção mundial de soja e somos os maiores supridores desta valiosa proteína a nível global. Nossos competentes produtores saberão se beneficiar desta condição. De minha parte já estou na pista com o www.simconsult.com.br. Sigam nossas façanhas...

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Se dedicarem a mesma importância para o desenvolvimento da safra sul-americana, como o fazem com a safra norte-americana, vamos sacudir o mundo com os preços das commodities agrícolas até o final de março de 2014. Isto nunca foi verdadeiro porque os norte-americanos, ao contrário de nós, esta pouco se lixando para o que acontece deste lado do mundo. A desfaçatez com que tratam esses assuntos deve prevalecer, isto é, tudo será considerado como além do normal com uma safra pujante capaz de levar os preços para o buraco. Se fizermos uma avaliação de suas análises de muitos anos, vamos concluir que nunca acertaram ou, não quiseram acertar sobre os impactos da safra sul-americana sobre o mercado de soja mundial. Nossa importância se tornou ainda maior com a América do Sul responsável por cerca de 55% da produção mundial de soja e somos os maiores supridores desta valiosa proteína a nível global. Nossos competentes produtores saberão se beneficiar desta condição.

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