Soja fecha o dia em alta com oferta escassa e demanda firme

Publicado em 04/11/2013 16:37

Nesta segunda-feira (4), a soja operou de lado durante todo a sessão regular e fechou o dia com pequenos ganhos nos vencimentos mais negociados. O contrato janeiro/14 encerrou o pregão cotado a US$ 12,55, subindo 4,25 pontos. Apenas a posição novembro, que já encerra suas negociações no próximo dia 15, fechou com uma ligeira baixa de 3 pontos. 

Os investidores optaram por iniciar a semana operando com menos intensidade diantes das expectativas para a próxima sexta-feira (8) quando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu novo relatório mensal de oferta e demanda. Desde meados de setembro, o mercado não conta com as informações desse reporte, uma vez que o governo norte-americano ficou paralisado por três semanas em outubro. 

Dessa forma, os dados são esperados com bastante ansiedade pelos traders. O sentimento geral do mercado é de que números maiores serão reportados pelo departamento para a produção e produtividade tanto de soja quanto de milho. Em importantes estados produtores de grãos, o rendimento que vem sendo registrado já está acima das projeções iniciais. 

"Eu acredito que esses dados do dia 8 irão trazer realmente um aumento de produtividade na casa de 42 bushels/acre (47,62 sacas por hectare), mas o preço só não cai mais porque a demanda se mantém muito aquecida. Então, esse relatório é um um relatório bem esperado pelo mercado porque irá dar um direcionamento maior para os preços", explica o analista de mercado Eleandro Mori. 

Para Mori, mesmo que o USDA traga números maiores para a safra dos EUA e o mercado sinta o impacto imediato dos mesmos, os olhos dos investidores deverão se voltar cada vez mais para a demanda e a relação ainda muito ajustada entre a oferta e o consumo mesmo com a entrada do produto norte-americano. "A chance que o mercado tem de pressionar preços, de realizar lucros é agora, no início de novembro, com o relatório do dia 8. Passado isso, devemos, com certeza, ver preços melhores para a cultura da soja em função da demanda aquecida", diz. 

Segundo Liones Severo, consultor de mercado do SIM Consult, os estoques de soja dos Estados Unidos serão insuficientes para atender a demanda mundial, nem mesmo que aumentem cerca de 3 milhões de toneladas nessa temporada 2013/14. De acordo com Severo, das 37 milhões de toneladas de soja destinadas para a exportaão, 32,2 milhões já foram comercializadas. "Não existem estoques de soja e, de acordo com a lei da oferta e demanda, há a possibilidade do grão atingir preços maiores”, diz.

Para o consultor, os números a serem divulgados pelo USDA na próxima sexta-feira deveriam ser altistas para o mercado, suficientes para provocar um significativo aumento dos preços e uma contenção da demanda, na tentativa de amenizar a atual escassez de produto, que não se trata só da soja em grão, mas também do óleo e do farelo. "um preço de racionamento será necessário para acomodar essa relação". 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Liones Severo sobre o mercado da soja:

>> Liones Severo - Mercado da Soja

Milho - Também à espera dos números do USDA, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago encerraram o pregão desta segunda-feira próximos da estabilidade, porém, com ligeiro recuo. O mercado foi pressionado ainda por vendas especulativas por parte dos fundos de investimentos. 

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta segunda-feira (4):

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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