Grãos seguem à espera do USDA e têm pouca movimentação
Nesta quinta-feira (7), os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago seguem à espera das novidades que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga neste dia 8 de novemrbo, com o relatório mensal de oferta e demanda. As cotações, portanto, continuam sem exibir movimentos muito expressivos, e soja, milho e trigo continuam tentando se manter estáveis.
Os participantes do mercado acreditam que o departamento norte-americano trará números maiores de produção e produtividade tanto para a soja quanto para o milho em relação aos dados do último reporte, divulgado em setembro. Para alguns analistas, estas novas informações poderiam pressionar o mercado mas, por outro lado, alguns acreditam que a demanda mundial bastante aquecida ainda é o principal fator de suporte para os preços, principalmente da soja. Isso porque, ainda de acordo com analistas, esse aumento de produção seria insuficiente para aliviar a relação já muito apertada entre a oferta e o consumo.
No pregão eletrônico desta quinta, por volta de 8h10 (horário de Brasília), os ganhos dos principais vencimentos da soja subiam entre 3,75 e 6 pontos. No mesmo momento, o trigo também registrava ligeiros ganhos, enquanto as cotações do milho exibiam um pequeno recuo, de menos de 1 ponto nas posições mais negociadas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Mesmo com previsão de safra maior para os EUA, soja fecha o dia em alta
A soja caminhou de lado nesta quarta-feira (6), mas conseguiu encerrar a sessão regular em alta na Bolsa de Chicago. Os investidores seguem esperando pelos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgará na sexta-feira, dia 8 de novembro e as expectativas dos traders os deixam mais contidos, na defensiva, justificando os movimentos pouco expressivos da soja, do milho e do trigo na Bolsa de Chicago. Porém, a demanda bastante firme e aquecida deu suporte aos preços.
As expectativas do mercado são de que os números apresentados pelo departamento norte-americano venham maiores do que os apresentados no boletim de setembro, o último divulgado, tanto para a soja quanto para o milho de produção e produtividade. Entretanto, ao mesmo tempo, a demanda mundial extremamente aquecida pelo produto norte-americano ainda dá suporte aos preços ou, ao menos, uma limitação ao recuo do mercado.
Das 37 milhões de toneladas projetadas pelo USDA para serem exportadas pelos EUA, cerca de 32 milhões já foram comercializadas e o novo ano comercial se encerra somente em agosto de 2014. Assim, como explicou o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult, os estoques norte-americanos deverão ser insuficientes para atender esse consumo.
Segundo projeções da Agrinvest Commodities, a produção de soja dos Estados Unidos, na temporada 2013/14, deverá ficar entre 85,46 milhões e 89,81 milhões de toneladas. Em setembro, a safra foi estimada em 85,7 milhões de toneladas. Sobre a produtividade da oleaginosa, a Agrinvest aposta em algo entre 47,05 e 49,1 sacas por hectare, contra 46,72 sacas do boletim anterior. Já a área colhida pode vir, segundo a corretora, entre 30,23 milhões e 31,16 milhões de hectares, contra os 30,92 milhões de setembro.
Para o milho, a expectativa é de uma produção entre 340,89 milhões e 364,76 milhões de toneladas, com uma produtividade de 164,67 a 172,82 sacas por hectare. No relatório de setembro, esses números foram de 351,64 milhões de toneladas e 164,05 sacas por hectare. A área colhida é esperada para algo entre 35,17 milhões e 36,07 milhões de hectares e, em setembro, a estimativa era de 36,06 milhões de hectares.
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