Grãos: Mercado espera pelo USDA e opera sem direção na CBOT

Publicado em 08/11/2013 06:47

Nesta sexta-feira (8), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de oferta e demanda mensal e, esperando por esses números, o mercado de grãos em Chicago opera na defensiva. Por volta das 7h30 (horário de Brasília, trigo e milho operavam em campo positivo, próximos da estabilidade. Já a soja registrava ligeiras perdas, com o mercado recuando após as boas altas da sessão anterior. 

Durante toda a semana, os futuros dos grãos negociados na CBOT trabalharam sem direção definida e tentando se manter estáveis, sem apresentar movimentações muito expressivas. Os investidores aguardam por esses dados do departamento norte-americano para definir, com mais clareza, um caminho para os preços. O último relatório foi divulgado em setembro e, por isso, os números de novembro são esperados com tanta ansiedade. As informações de outubro não foram divulgadas em função da paralisação parcial do governo norte-americano no último mês, a qual durou três semanas.

Expectativas - Segundo projeções da Agrinvest Commodities, a produção de soja dos Estados Unidos, na temporada 2013/14, deverá ficar entre 85,46 milhões e 89,81 milhões de toneladas. Em setembro, a safra foi estimada em 85,7 milhões de toneladas. Sobre a produtividade da oleaginosa, a Agrinvest aposta em algo entre 47,05 e 49,1 sacas por hectare, contra 46,72 sacas do boletim anterior. Já a área colhida pode vir, segundo a corretora, entre 30,23 milhões e 31,16 milhões de hectares, contra os 30,92 milhões de setembro. 

Para o milho, a expectativa é de uma produção entre 340,89 milhões e 364,76 milhões de toneladas, com uma produtividade de 164,67 a 172,82 sacas por hectare. No relatório de setembro, esses números foram de 351,64 milhões de toneladas e 164,05 sacas por hectare. A área colhida é esperada para algo entre 35,17 milhões e 36,07 milhões de hectares e, em setembro, a estimativa era de 36,06 milhões de hectares.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Demanda dá suporte ao mercado na CBOT e soja fecha com boa alta

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a subir expressivamente e fecharam o pregão regular desta quinta-feira (7) em alta. Os vencimentos mais negociados, as primeiras posições encerraram o dia com ganhos de dois dígitos. O contrato janeiro terminou valendo US$ 12,78 por bushel, subindo 11,50 pontos. 

A intensa demanda pela oleaginosa norte-americana tem sido o principal fator de suporte para as cotações no mercado internacional, uma vez que as expectativas dos traders apontam para um aumento nas estimativas de produção e produtividade da soja nos Estados Unidos. Os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) serão divulgados nesta sexta-feira, 8 de novembro. 

Hoje, o departamento informou, em seu boletim de exportações semanais, que as vendas de soja somaram 1.018,3 milhão de toneladas, volume que ficou dentro das expectativas e confirmam a procura intensa pelo produto dos EUA. As vendas de farelo e óleo ficaram acima do esperado e contribuem para a alta. Além disso, o USDA informou ainda a venda de 250 mil toneladas de soja para a China. 

Para alguns analistas, estas novas informações poderiam pressionar o mercado mas, por outro lado, alguns acreditam que a demanda mundial bastante aquecida ainda é o principal fator de suporte para os preços, principalmente da soja. Isso porque, ainda de acordo com analistas, esse aumento de produção seria insuficiente para aliviar a relação já muito apertada entre a oferta e o consumo. 

De uma projeção do USDA de 37 milhões de toneladas de soja para serem exportadas pelos EUA no ano comercial 2013/14, cerca de 33,5 milhões já foram comercializadas até esse momento. Porém, essa temporada se encerra somente em agosto do ano que vem. "Eu acredito que qualquer aumento de produção será engolido pela demanda, que está fortíssima", diz Mauricio Correa, analista do SIM Consult. Nós estamos vivendo uma fase trancada do mercado que, no máximo até o dia 15 de novembro, eu acredito que será liberada. E para o final do ano eu vejo o mercado em torno dos US$ 13,50", completa.  

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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