Após forte queda, soja tenta se recuperar na CBOT nesta 2ª feira
Após uma intensa realização de lucros na última sexta-feira (15), os negócios com a soja neste início de semana acontecem do lado positivo da tabela. Registrando ligeiros ganhos no pregão eletrônico desta segunda-feira (17), a soja sobe, na Bolsa de Chicago, pouco mais de 1 ponto nos principais vencimentos.
O mercado, segundo analistas, continua, entretanto, sustentando pela intensa demanda pela soja norte-americana. Em apenas dois meses e meio do novo ano comercial, cerca de 85% do total projetado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para ser exportado já estão comprometidos e a temporada só se encerra em agosto do próximo ano.
Dessa forma, o mercado se foca nessa demanda para tentar se recuperar das expressivas baixas da última sexta. Ao mesmo tempo, os futuros do trigo também exibiam ligeiros ganhos, enquanto o milho ainda operava em campo negativo, recuando entre 1,50 e 2 pontos.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira (15):
Soja: exportação semanal perde ritmo nos EUA e Chicago acentua realização de lucros
As negociações da soja na bolsa de Chicago encerraram com fortes quedas nesta sexta-feira (15) depois que o relatório de exportações semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostrou que as vendas do grão norte-americano começaram a perder ritmo. Os números ficaram muito próximos ao piso projetado pelo mercado entre 900 mil e 1,2 milhão de toneladas. As vendas na semana que terminou no dia 07 de novembro somaram 909,1 mil toneladas.
Além disso, de acordo com o analista Stefan Tomkiw da Jefferies corretora de Nova York, o mercado já vinha passando por um movimento de realização de lucros, desde a tarde da última quinta-feira (14), quando se verificou uma participação maior dos vendedores americanos aproveitando os bons patamares de preços atingidos durante a última semana.
Mas, de qualquer forma, a boa demanda pela soja americana deve manter os estoques apertados nos EUA, dando sustentação aos preços."A China acabou acelerando o ritmo de compras a partir do ano comercial que se iniciou em Agosto/Setembro. Portanto, com apenas 2,5 meses do ano comercial, já se negociou pelo menos 85% da estimativa de exportação total".
Stefan Tomkiw apenas faz uma ressalva sobre a manutenção desse ritmo de demanda. Segundo ele, "muitas dessas compras, possivelmente, foram feitas como uma espécie de hedge contra um eventual problema de safra na América do Sul e portanto, se o desenvolvimento das lavouras sulamericanas ocorrer de forma satisfatória, a possibilidade de um cancelamento ou a troca de origem dessas compras que foram feitas recentemente, se intensifica".
Já o milho chegou a registrar leve recuperação após divulgação de números favoráveis para as exportações semanais nos EUA. O volume exportado na semana que terminou no último dia 07 de novembro foi de 1,202 milhão de toneladas, contra as expectativas entre 800 mil e 1 milhão de toneladas.No entanto, ao final da sessão, prevaleceram os fatos de que a produção americana é grande, o consumo de etanol pode reduzir e os estoques finais devem permanecer elevados nos EUA.
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