Soja tem correção técnica, mas cenário é positivo na CBOT

Publicado em 27/11/2013 17:10

Nesta quarta-feira (27), os futuros das soja operaram durante quase todo o pregão do lado positivo da tabela, registrando boas altas, principalmente, para os primeiros vencimentos, os quais seguem acima dos US$ 13 por bushel. Até mesmo o contrato maio/14, referência para a safra brasileira, chegou a bater nesse patamar. 

No entanto, depois desse expressivo avanço, os investidores optaram por uma correção técnica e  mercado fechou o dia do lado negativo da tabela. Para Mauricio Correa, o mercado registrou uma realização normal antes do feriado de Ação de Graças que é comemorado nesta quinta-feira (28), nos Estados Unidos, dia em que o mercado não fuciona em Chicago. 

Dessa forma, o volume de negócios na sexta-feira (29), quando o mercado retoma suas atividades, deverá ser menor do que o de costume, com investidores e traders operando mais na defensiva, como explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes. 

No entanto, os analistas e consultores continuam afirmando que o mercado segue sustentado e com boas projeções mais adiante, dada a extremamente aquecida demanda pelos produtos norte-americanos, não só pela soja, mas também por farelo, por exemplo, o que contribui para a sustentação dos preços. 

"O mercado continua bem firme, essas são pequenas quedas pontuais para aliviar alguns índices", explica o analista de mercado Maurício Correa, do SIM Consult.

O analista explica ainda que nos Estados Unidos, os produtores estão bem comercializados e o mercado aguarda agora pela evolução dos embarques e exportações norte-americanas. Assim, o mercado segue operando com as primeiras posições acima dos US$ 13 por bushel. Esta semana, conforme explicou o analista Maurício Correa, do SIM Consult, é tradicionalmente altista para os preços. 

Dessa forma, os produtores norte-americanos continuam aguardando por melhores preços e oportunidades de venda, reduzindo a pressão de venda tradicional da época do final da colheita nos Estados Unidos, como explicou o consultor, já que, nesse momento, o único produto disponível para os importadores, principalmente, é o norte-americano. 

Para Fernandes, essa é uma situação que poderia se repetir na América do Sul, com as origens como Brasil, Paraguai e Argentina se mostrando sem interesse de venda até que os preços sejam ainda mais favoráveis e garantam melhor renda para os produtores. "O mercado agora trabalha em um intervalo de US$ 13,00 a US$ 13,50 por bushel", diz. 

Nesta quarta-feira (27), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 235 mil toneladas de soja para destinos não revelados. Desse total, 180 mil serão entregues na safra 2013/14 e 55 mil toneladas para safra 2014/15. 

"O mercado está cumprindo a sazonalidade de antes e depois do feriado de Ação de Graças, com a forte comercialização dos EUA para exportação". Para Correa, os traders e investidores aguardam também pela confirmação de um cenário de escassez de soja, com o avanço dos embarques que vêm evoluindo de forma bastante expressiva para esse período da temporada. O analista afirma que os embarques superaram em 1 milhão de toneladas o volume registrado nessa mesma época do ano anterior. "Ou seja, são 16 milhões contra 15 milhões de toneladas de soja", diz. 

Ao observar esse forte movimento da demanda, os preços seguem sustentados em Chicago, já que o temor de que os estoques norte-americanos fiquem mais apertados se agrava a cada dia. Assim, para alguns analistas, nem mesmo as projeções que indicam uma safra recorde na América do Sul poderiam causar um impacto negativo sobre as cotações. "O mercado, nestes momentos, tende a se proteger do consumo e a única maneira é elevar os preços para tentar coibir a demanda", explica Correa. 

Para tanto, o analista que para proteger esse mercado se faz necessário racionar o que ainda resta de soja e para isso é preciso preços ainda mais altos e, para o analista do SIM Consult, essa medida deve ser adotada até que se cheguem confirmações sobre a produção sulamericana. E essas notícias poderiam até incentivar algum movimento de realização de lucros e movimentos de fundos, no entanto, todos bem sustentando e fundamentos na ajustada relação entre a oferta e o consumo que continua latente no mercado.    

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta quarta-feira (27) na CBOT:

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>> MILHO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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