Soja avança em Chicago e mercado pode chegar a US$ 14 até janeiro

Publicado em 20/12/2013 07:52 e atualizado em 20/12/2013 13:03

Nesta sexta-feira (20), o mercado da soja opera com expressiva alta na Bolsa de Chicago e, por volta de 13h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam altas de dois dígitos. O contrato janeiro/14, o mais negociado nesse momento, valia US$ 13,42 por bushel, subindo 15,25 pontos. 

A sustentação para o mercado ainda vem do quadro apertado de oferta e demanda e, principalmente, da escassez de soja nos Estados Unidos. Além disso, há ainda a ameaça de uma clima mais quente e seco na Argentina podendo comprometer a produtividade no país e também do uma volta dos chineses ao mercado, segundo o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult. 

O consultor afirma que as recentes quedas dos preços atraíram os chineses de volta à ponta compradora do mercado, e isso deverá confirmar essa projeção altista para as cotações. “O patamar de US$ 13,50 agora está fora e o mercado deve se localizar entre o fim do mês e o início de janeiro entre U$ 13,70 e US$ 14,00/ bushel”, diz.

Severo afirma ainda que, cada vez, mais os boatos de que a China cancelaria compras de soja nos Estados Unidos perdem força e isso também é um fator positivo para a oleaginosa. “Os americanos ficaram se enganando com boatos de cancelamento (de compras da China) que nunca aconteceram e que não irão acontecer. Como o mercado caiu, os chineses voltaram a comprar soja americana e sul-americana com força”. 

Para o consultor, os norte-americanos terão ainda que importar soja do Brasil para poder cumprir seus compromissos. “A escassez norte-americana é muito grande... A única solução será importar soja do Brasil, já que a Argentina é pouco exportadora. Isso vai trazer um ganho muito forte para a soja brasileira”, acredita.

Sobre o melhor momento para as vendas para o produtor brasileiro, Severo acredita que março será o mês ideal. “Os produtores de Mato Grosso fizeram muito bem ao vender a US$ 13,50, pois era um número muito disputado. Agora, os produtores que colhem mais tarde, como no Rio Grande do Sul e Paraná, têm tempo para esperar”. 

No link abaixo, veja a íntegra da entrevista de Liones Severo:

>> Liones Severo - Consultor do SIM Consult - Mercado da Soja

 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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