Grãos: Mercado fecha semana em alta na Bolsa de Chicago

Publicado em 31/01/2014 17:27

O mercado da soja fechou a sessão regular desta sexta-feira (31) em alta na Bolsa de Chicago. Os preços chegaram a operar em campo misto por um tempo, porém, a commodity conseguiu sustentar a recuperação e dar continuidade às altas registradas no pregão anterior. O milho e o trigo também encerram em terreno positivo. 

Assim, os ganhos dos principais vencimentos foram de 5 a 7 pontos. O contrato março/14, o mais negociado nesse momento, fechou os negócios valendo US$ 12,82 por bushel, enquanto o maio/14, referência para a safra brasileira, terminou o dia valendo US$ 12,68, registrando alta de 7,50 pontos. 

Segundo analistas, a demanda segue como o principal fator de alta para os preços da soja nesse momento no mercado internacional, aliada à falta de produto nos Estados Unidos, a superada meta de exportações, os embarques acelerados e os estoques historicamente ajustados. 

O que exerce uma pressão pontual sobre os preços, no entanto, são as expectativas de que a América do Sul pode vir a colher uma safra recorde nesta temporada. Porém, produtores rurais de diversas localidades já vêm registrando perdas de produtividade em função da onda de calor excessivo que atinge o Brasil nas últimas semanas. 

Uma reportagem da agência Reuters aponta que este tem sido o janeiro mais quente da história no Brasil em diversas regiões do país. A onda de calor e mais uma severa estiagem tem causado temores de falta d'água, danos na produção agrícola e contas de energia mais caras, o que poderia pressionar a economia do país em um ano eleitoral. Fontes oficiais, no entanto, afirmam que o quadro presente não configura uma crise ainda.

Os meteorologistas, porém, não estão otimistas sobre uma mudança muito cedo. "Este é o janeiro mais quente e seco que já tivemos e não há expectativas de que essa onde de calor acabe nas próximas duas semanas", disse o meteorologista da Somar Meteorologista, Celso Oliveira. Alguns profissionais acreditam que esse calor intenso possa estar ligado a padrões atmosféricos incomuns. 

Para alguns analistas, portanto, essas temperaturas altíssimas em conjunto com a falta de chuvas, ou precipitações localizadas e de pouco volume, poderiam causar significativas perdas na produção brasileira, com o volume de soja podendo não se chegar mais às 90 milhões de toneladas, o que poderia ser um fator positivo para os preços. O adido do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil estimou, em seu último boletim, a safra em 89,5 milhões de toneladas. 

Milho e Trigo - Os ganhos do milho, por outro lado, foram justificados pelos analistas pela dificuldade de escoamento nos Estados Unidos por conta do frio excessivo e pelos meios de transporte comprometidos pela neve. Os principais vencimentos fecharam a sexta-feira subindo pouco mais de 0,50 ponto. 

Já no caso do trigo, o ligeiro avanço foi uma tentativa de buscar uma estabilidade para as cotações depois do recente e expressivo recuo registrado em Chicago. 

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta sexta-feira:

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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