Soja: Mercado opera de lado em Chicago nesta quarta-feira
Os negócios com a soja na Bolsa de Chicago acontecem, mais uma vez, sem muita expressão na Bolsa de Chicago. As cotações registraram duas sessões consecutivas de expressivos ganhos e, nessa quarta-feira, passam por uma ligeira correção técnica. Por volta das 10h40 (Brasília), as cotações das posições mais negociadas perdiam pouco mais de 1,50 ponto.
O mercado, no entanto, permanece sustentado, focando, principalmente, a escassez de soja nos Estados Unidos. Aos poucos, segundo analistas, o mercado também começa a observar os efeitos da seca e do calor intenso que castiga as lavouras no Brasil e na Argentina.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Chicago: Soja fecha o dia com forte alta nesta terça-feira
A soja fechou a sessão regular desta terça-feira (4) com forte alta na Bolsa de Chicago. O contrato março/14, o mais negociado nesse momento, encerrou os negócios valendo US$ 13,13 por bushel, subindo 20,50 pontos. A referência para a safra brasileira, posição maio/14, fechou o pregão valendo US$ 12,97, com alta de 19,25 pontos.
O mercado, segundo explicam analistas, ainda se foca no positivo quadro fundamental com falta de soja nos Estados Unidos, estoques muito apertados e uma intensa procura pelo produto norte-americano. "Se os preços caírem muito, as vendas por lá serão estimuladas e eles não terão soja para entregar", diz.
Ao mesmo tempo, o mercado acompanha também o desenvolvimento das lavouras na América do Sul, principalmente do Brasil, e a chegada dessa nova oferta aos portos, o que, segundo Fernandes, deverá começar a acontecer, efetivamente, somente em março. O volume já colhido, de acordo com o consultor, deverá ser destinado ao processamento e destinado à produção de farelo e óleo.
Porém, muitas regiões produtoras do Brasil vêm sofrendo com problemas climáticos que já causam perdas de produtividade. O calor intenso e a falta de chuvas vêm castigando as lavouras de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Bahia, São Paulo em sua fase de enchimento de grãos, época em que a presença da água é fundamental e determinante.
No entanto, ainda de acordo com Fernandes, o impacto dessas perdas só poderá ser melhor avaliado também em meados de março, quando a colheita se aproximar da conclusão, e, por isso, o impacto das possíveis perdas também deverá começar a ser sentido nesse mesmo período.
"Essas próximas duas semanas serão extremamente importantes para a produção de grãos no Centro-Oeste brasileiro (...) Então, os próximos 15 a 20 dias serão muito importantes na formação de preços", explica o consultor. "As produtividades estão muito dispares nesse momento. O Centro-Oeste precisa de chuva nos próximos 15 dias", completa.
A consultoria Informa Economics informou, nesta terça-feira (4), que sua projeção para a safra brasileira de soja é de 89,7 milhões de toneladas. O volume ficou maior em 1 milhão de toneladas em relação à ultima estimativa. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em sua última estimativa, de janeiro, fala em 89 milhões de toneladas.
Para a Argentina, a projeção da Informa é de 57 milhões de toneladas, contra 57,5 milhões da estimativa anterior. O USDA, por outro lado, trabalha com o número de 54,5 milhões de toneladas para a colheita argentina.
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Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR
A seca castiga o norte do Paraná! Fazem poucos dias que tivemos uma chuva, mas foi pouca e o calor extremo está matando a soja antes do tempo. Como se não bastasse, ainda tem as pragas que praticamente estão resistentes, ou pelo fatos da baixa umidade do ar e o forte calor, os inseticidas não tem dado os resultados esperados.
Por aqui já se contabiliza perdas. O quanto ainda não sabemos, mas há! Para quem veio de uma desastrosa safra de inverno, a seca de agora parece ser a pedra que faltava para confeccionar a nossa lápide! Tomara que não, mas dá medo!